Quarteto Atégina

Quarteto Atégina

O Quarteto e Ensemble Atégina dedica-se à interpretação em instrumentos da época do repertório barroco e clássico. Inspirado na figura da deusa lusitana Atégina, o grupo tenta dar a conhecer ao público português o repertório do seu país, e das diversas pontes que se podem estabelecer com a produção musical coeva na Europa. O grupo tenta ainda explorar as férteis relações entre música e literatura, tendo como ponto de partida a própria actividade literária dos seus membros.

 

Raquel Cravino (violino), Álvaro Pinto (violino), Pedro Braga Falcão (viola), Luís André Ferreira (violoncelo)

 

Raquel Cravino (violino)

Nasceu na cidade da Covilhã. Iniciou-se na música aos cinco anos de idade no Conservatório Regional de Música da Covilhã em piano e ballet. Sob a orientação do Professor António de Oliveira e Silva, estudou violino na Escola Profissional de Artes da Beira Interior durante seis anos. Em 2002 obteve o diploma de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra - Violino, na classe da Professora Ágnes Sárosi. Foi bolseira do fundo de apoio ao estudante, da Câmara Municipal da Covilhã e da Associação Música - Educação e Cultura.

Realizou diversos cursos de aperfeiçoamento de violino e de música de câmara com Sergey Kravchencko, Angelique Loyer, Gerardo Ribeiro, Augustin Dumay, Boris Kuniev, Jan Dobrelevsky, Vladimir Ovcharech, James Dahlgren, Gilles Apap, Alexandre da Costa e na pedagogia do violino com Bogumila Burfin, Gwendolin Masin e Joyce Tan. O seu interesse pela música antiga levou-a a aperfeiçoar os conhecimentos no violino barroco frequentando master classes com Enrico Onofri, Richard Gwild, Vittorio Ghielmi, Francesca Viccari e Chiara Banchini.

Como freelancer, tem realizado concertos regulares com diversas das mais importantes orquestras portuguesas (Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras) e tem uma participação em variados projectos artísticos de música antiga - Orquestra Barroca da Casa da Música, Músicos do Tejo, La Nave Va, Flores de Música, Melleo Harmonia e Concerto Campestre. 

Dedica-se ao ensino desde 2002 como docente de violino na Escola de Música do Conservatório Nacional e no Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa. Os seus alunos têm sido laureados em diversos concursos nacionais e internacionais.

É Mestre em Pedagogia do Instrumento, pela ANSO/Universidade Lusíada, sob a orientação do Professor Aníbal Lima. É membro fundador do Quarteto Arabesco.

 

Álvaro Pinto (violino)

Nascido em 1968 (Moçambique) iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Nacional de Lisboa, onde terminou o curso superior, estudando com Leonor Prado e Manuel Gomes. Posteriormente, desenvolveu estudos de aperfeiçoamento com o prof. Gareguine Arouthounian.
Em 1987, foi vencedor da 1a edição do Prémio Jovens Músicos. Foi elemento da Orquestra Sinfónica Juvenil e da Orquestra de Jovens do Mediterrâneo.

Em 1993 começou a estudar violino barroco com Istvan Bàlazs e Richard Gwilt na Academia de Música Antiga de Lisboa. No mesmo ano, ingressou no Conservatório de Amsterdão na classe de Lucy Van Dael Posteriormente, estudou com Florian Deuter, de quem recebeu grande influência e com quem viria a concluir os seus estudos.  Entre 1993 e 1995, foi elemento da Orquestra barroca da União Europeia, tendo então trabalhado com Roy Goodman, Monica Huggett, Andrew Manze e Lucy Van Dael. Colaborou com alguns dos principais agrupamentos de música barroca europeus, como La Stravaganza Köln, New London Consort e Musica Antiqua Köln, actuando em alguns dos principais festivais europeus, como o Festival de Maastricht (Holanda), Festival “La Chaise D’or” (França) e festivais de música de Montreal e de Frankfurt, entre outros.

Entre 1995 e 1997, fez parte da orquestra da Academia de Begijnhof (Amsterdão), dirigida por Richard Egarr e Andrew Manze. Em 1995 fundou o Ensemble Barroco do Chiado, agrupamento com o qual efetuou numerosos concertos com assinalável êxito tanto em Portugal como em países como a Espanha, Holanda, França Estados Unidos e Índia em parcerias tão diversas como a Fundação Oriente, Ministério da Cultura, Fundação C. Gulbenkian e Instituto Goethe.

Entre 2001 e 2006, desenvolveu conjuntamente com o organista Rui Paiva um projeto apoiado pelo Instituto do Património, de dinamização e divulgação dos órgão históricos portugueses realizando concertos descentralizados por todo o país e ilhas. Em 2004, foi elemento integrante da orquestra do Festival de música de Aix en Provence (França) trabalhando com o cravista e maestro Kenneth Weiss. Em 2006 foi convidado a iniciar um projeto de criação de uma orquestra barroca na Escola de Música do Conservatório Nacional (Orquestra Barroca do Real Conservatório).

A sua intensa atividade musical inclui participações regulares nos agrupamentos Divino Sospiro, Músicos do Tejo, Ludovice Ensemble, entre outros.

Diplomado em violino barroco pelo Conservatório de Amsterdão e profissionalizado em docência pela Universidade Aberta de Lisboa, é desde 1997 professor de violino e música de câmara na Academia de Música de Santa Cecília (Lisboa) e na Escola de Música da Nossa Senhora do Cabo (Linda-a-Velha).

 

 

Pedro Braga Falcão (viola)

Pedro Braga Falcão iniciou os seus estudos de viola de arco com Fernando Afonso e posteriormente com Isabel Pimentel na Escola de Música do Conservatório Nacional e é licenciado neste instrumento pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de Pedro Muñoz. Realizou master-classes com Ivan Peruska, Ana Bela Chaves, Giles Apap, entre outros, e estudou a nível particular técnica violinística com Aníbal Lima. É, desde a sua fundação em 2007, membro da Orquestra de Câmara Portuguesa. Apresentou-se igualmente como músico convidado em diversas orquestras portuguesas, tais como a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Algarve, Sinfonieta de Lisboa, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, entre outras. No domínio da Música Antiga, realizou diversos concertos com a Capela Real e com a Orquestra do Real Conservatório de Lisboa, com a qual participou em 2003 no Festival Internacional de Música de Rouen (França), e participa regularmente com algumas das mais importantes orquestras barrocas portuguesas, como Os Músicos do Tejo e Divino Sospiro. Neste âmbito, fez cursos de música antiga com Ketil Haugsand, Álvaro Pinto, Richard Gwilt e Stephen Bull, e recebeu bolsas de estudo da Rotary Club Lisboa-Estrela. É também Doutor em Literatura Latina e professor de latim, grego e História das Religiões na Universidade Católica Portuguesa, desenvolvendo paralelamente actividade científica na área dos Estudos Clássicos. É igualmente poeta e escritor com obra publicada, dedicando-se a diversos projectos de diálogo entre literatura, ciência e música.

 

Luís André Ferreira (violoncelo)

Luís André Ferreira foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian durante a sua Licenciatura e Mestrado na Amsterdamse Hogeschool vor de Kusten “Conservatorium van Amsterdam” onde estudou  com Monique Bartels, depois de concluir o curso de violoncelo em apenas quatro anos na classe do professor Luís Sá Pessoa na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.

Já se apresentou como solista com a Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa, Orquestra do estágio das Escolas Oficiais de Música e em 2010 tocou a solo com a Orquestra de Câmara Portuguesa nos Dias da Música em Belém no Centro Cultural de Belém.

Em 2011 realizou uma digressão pela China com o Quarteto Lacerda com o qual gravou um CD com obras de J. Haydn lançado em Fevereiro de 2012. Realizou ainda uma série de concertos por Portugal Continental e Açores sob encomenda da Antena2 com o Quarteto Lacerda no âmbito do bi-centenário da morte de J. Haydn.

Tem-se apresentado regularmente em recitais a solo e de música de câmara na Holanda, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Bélgica, China, Reino Unido e Bielorrússia.

Participou no “IV Festival Culturel Européen 2003” de Rouen em França e representou Portugal no 23º Festival Internacional de Música de Brest na Bielorrússia em Janeiro de 2008.

Trabalhou com diversos professores nomeadamente Jean-Guihen Queyras, Zavier Gagnepain, Pieter Wispelwey, Vladimir Perlin, Mácio Carneiro, Paulo Gaio Lima, Godfried Hoogeveen e Valter Despalj. Em Novembro de 2006 foi seleccionado pela “Amsterdamse Cello Biennale” para integrar uma masterclass com o professor Jean-Guihen Queyras.

Actualmente colabora como violoncelista da Orquestra Gulbenkian, com a Orquestra de Câmara Portuguesa, Os Músicos do Tejo, é violoncelista do Quarteto Lacerda, do  Sond Ár-te Electric Ensemble e lecciona violoncelo no Conservatório Nacional de Lisboa.

Tem-se dedicado nos últimos anos à interpretação e estreias de obras de compositores Portugueses especialmente escritas para o Sond Ár-te Electric Ensemble com o qual tem tocado em Portugal e Europa, com destaque para o Festival Música Viva (Portugal), AST Festival 2015 de Grenoble (França) e Bayerische Akademie der Schönen Künste 2016 (Alemanha).