Fundação da Casa de Mateus

Fundação da Casa de Mateus

A Fundação da Casa de Mateus foi instituída em 3 de Dezembro de 1970 por D. Francisco de Sousa Botelho de Albuquerque.

Os fins estatutários da Fundação da Casa de Mateus são a preservação da Casa, o estudo do seu arquivo e a promoção de atividades culturais, científicas e pedagógicas.

Hoje a Fundação é uma organização dinâmica, voltada para a Comunidade e ao promover o conhecimento e a excelência nas suas mais variadas intervenções, ocupa um lugar de destaque no panorama nacional e internacional, para o qual aponta o esforço coletivo e individual da família do instituidor.

 

Currículum detalhado

A Fundação da Casa de Mateus foi instituída em 1970 por D. Francisco de Sousa Botelho Albuquerque. Os seus estatutos definem como objectivos a conservação, restauro e melhoramento da Casa de Mateus, o estudo, catalogação e divulgação do seu arquivo e ainda a promoção das actividades culturais, científicas e pedagógicas que venham a ser definidas pela sua Direcção.

A exploração agrícola, que assegurava a maior parte dos rendimentos da Fundação, e as obras de manutenção e recuperação foram as primeiras preocupações registadas nos relatórios de actividade de Fundação. As incertezas quanto aos rendimentos agrícolas e a enorme responsabilidade que significa a salvaguarda do património da Fundação obrigaram desde logo à procura de outras formas de financiamento para melhor cumprimento dos objetivos estatutários.

Assim as diligências para a obtenção de apoios do Estado para a realização das obras necessárias à preservação da Casa, Monumento Nacional desde 1911, também estão patentes logo nos primeiros anos de vida desta Instituição. Em 1971 foi obtido, por despacho do Ministério da Educação, o estatuto de Instituição de Utilidade Pública e em 1972 a promessa de subsídio, por parte do Ministro das Obras Públicas, de 50% do custo das obras a efectuar depois de aprovadas pela DGMN. O Professor Arquitecto Frederico George era o arquitecto indicado para projecto de obra. O primeiro subsídio para as obras só se viria a realizar em 1980.

Em 1973, com a morte de D. Francisco, o Director-delegado da Fundação passa a ser D. Fernando de Sousa Botelho Albuquerque. Mas é o ano de 1977 que marca o arranque das actividades da Fundação com a apresentação do ciclo “A Cultura em Diálogo” no dia 3 de Dezembro de 1977.

O dinamismo cultural que desde logo a FCM evidenciou gerou dois círculos virtuosos que caracterizam o funcionamento desta instituição: por um lado essas actividades contribuem para a atratividade e projeção nacional e internacional da Casa de Mateus e do Interior Norte, por outro para a oferta cultural, e consequentemente qualidade de vida da população, contribuindo assim para o desenvolvimento humano e económico na região. Foi assim realizada a vocação institucional desta Fundação, que graças às sinergias criadas, pôde ir garantido, graças aos apoios públicos e privados que conseguiu obter ao longo dos anos, os meios que lhe permitem cumprir os seus fins estatutários.

O programa iniciado com o ciclo “A Cultura em Diálogo”, abrange as mais diversas formas de cultura desenvolvendo actividades regulares na área da música, das artes plásticas ou da literatura, e ainda seminários de reflexão política, científica e cultural.

Paralelamente foi-se procedendo a uma obra sistemática de recuperação e restauro de toda a Casa e dos seus anexos, criando novas infra-estruturas de apoio às actividades promovidas.

Em 1984 o relatório “Douro Region Development Study” apontava para o papel essencial da Casa de Mateus como um dos pólos de desenvolvimento da região. O que não surpreende se tivermos em conta a notoriedade da Casa a nível global e a nível local, o simples indicador que é o número de visitas por ano à Casa de Mateus (em 2015, cerca de 100.000), superior ao número de habitantes em todo o Concelho de Vila Real, revela a importância desta Casa para a Região.

Em 1991 foi assinado pela primeira vez um protocolo trianual com a Secretaria de Estado da Cultura, permitindo uma programação com maior antecedência e menos incertezas até 1993, ano em que esse protocolo se renova com reforço das verbas para obras de conservação e restauro o que permitiu, entre outras coisas, a continuação das obras no antigo Lagar de azeite e destilaria que, com o apoio decisivo do Pronorte / Prodouro (FEDER), se viria a transformar na primeira residência de artistas da península. Em 1995, 1997, 2001 e 2003 é renovado o protocolo trianual com a Secretaria de Estado e depois Ministério da Cultura.

Em 1998, foi inaugurada a Residência de Artistas pelo Senhor Presidente da República.

Em Setembro 2001 começou o projecto de Tratamento e Digitalização do Arquivo e, em Março 2002 o da Biblioteca. Em Abril de 2003 iniciou-se o Restauro das Colecções Museológicas e Beneficiação do Espaços Expositivos da Fundação. Estes projectos foram possíveis graças ao co-financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional gerido pelo Programa Operacional da Cultura.

No âmbito destes projectos, foram recuperados e tratados mais de 800.000 documentos (imagens digitalizadas), foram informatizadas 6087 fichas bibliográficas, e foram inventariadas cerca de 1000 peças das colecções museológicas da Fundação. Criaram-se bases de dados digitais para os documentos, para os livros e para as colecções. Procedeu-se ao restauro de documentos em pergaminho e papel, de livros e dos móveis e objectos de arte. Criaram-se espaços para o tratamento do Arquivo, para o Inventário e para as Reservas e melhorou-se o acolhimento dos visitantes com a criação de uma recepção, a ampliação do bar e a abertura de novos espaços expositivos.

Em 2002, é editado pela Quetzal o livro Memórias da Condessa de Mangualde cujo manuscrito pertence a esta Fundação. Na mesma editora publicou-se também, no Natal de 2002, o livro de Vasco Graça Moura, com fotografias de Nicolas Sapieha, Figuras em Mateus.

Em 2005 editaram-se os catálogos da Biblioteca e do Arquivo, o Roteiro do Museu e o site da Fundação foi renovado.

Em 2006 terminaram-se os investimentos previstos nos projectos co-financiados pelo Programa Operacional da Cultura no que se refere aos projectos de Tratamento e Digitalização da Biblioteca e Arquivo da Fundação da Casa de Mateus e ao projecto de Restauro das Colecções Museológicas e Beneficiação dos Espaços Expositivos, tendo sido entregues os respectivos relatórios finais, os quais foram aprovados em 2007.

No final do ano de 2006, a Casa de Mateus foi escolhida para fazer parte dos 21 finalistas de entre os quais foram eleitas, no dia 7 de Julho de 2007, as sete maravilhas de Portugal.

Em 2007 procedeu-se ao lançamento do livro de Heloísa Bellotto “Nem o Tempo Nem a Distância. Correspondência entre o 4º Morgado de Mateus e Sua Mulher, D. Leonor de Portugal”, apresentado pelo Dr. Vasco Graça Moura e editado pela Aletheia. 

Em 2011 foi assinado um protocolo com a Universidade do Minho, com a duração de 4 anos, dedicado a “Mateus e a Matemática”, que prevê o estudo por alguns bolseiros investigadores e a publicação do acervo do nosso arquivo nesta área. 

Em 2011 o Presidente da República agraciou a Fundação com o grau de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique como reconhecimento do mérito da acção nas áreas da conservação do património e das actividades culturais desenvolvidas.

Durante o ano de 2015, a Fundação da Casa de Mateus lançou a colecção editorial “Casa de Mateus – Estudos & Manuscritos”, com o objectivo de divulgar os documentos de maior relevo do Arquivo, reunido pela família durante séculos e que se encontra globalmente tratado e disponível ao público.

A colecção foi apresentada publicamente no Grémio Literário no dia 14 de Julho, sendo a sessão presidida por Zita Seabra, da editora Aletheia, por Martim de Albuquerque, que apresentou a colecção, Maria Carlos Loureiro e Teresa Albuquerque. Foram apresentados os três primeiros livros: “A Heráldica da Casa de Mateus”, de Luís Bívar Guerra; “D. Luís António de Sousa Botelho Mourão e a penetração no sertão Paulista”, do mesmo autor; “O Morgado de Mateus, Editor de Os Lusíadas”, de Anne Gallut-Frizeau e tradução de Maria Carlos Loureiro.

No dia 28 de Outubro, foi apresentado na Embaixada de Portugal em Londres o livro “He went to England: Impressions of an 18th century Portuguese aristocrat”, de Ana Hudson. Na ocasião, o historiador Nuno Gonçalo Monteiro proferiu uma palestra dedicada ao tema “Diplomacy, cultural circulation and reform ideas: England/Portugal in the late 18th century”. A sessão foi presidida por Sua Excelência o Embaixador Dr. João de Vallera e a Fundação foi representada pelo Director Delegado e por Ana Paganini.

 

Seminários

A actividade da Fundação iniciou-se com uma série de Seminários que tiveram um grande impacto nacional, como foi o caso do seminário: “Repensar Portugal”e “Cultura em Debate” em 1978 . Nesse mesmo ano realizaram-se também sessões dedicadas aos seguintes temas: “Acção Cultural e Descentralização”, “Comunicação e Informação Regional”, “O Poeta e o Poema”, “Homenagem a Alexandre Herculano”, “Homenagem a Teixeira de Pascoaes” e “Homenagem a Miguel Torga”.

Contribuir para promover a discussão de temas de importância estratégica regional, de política nacional e de divulgação científica e cultural permanece até hoje a linha de força que determina a organização e acolhimento de seminários por parte da Fundação. As condições de alojamento e de isolamento que a Casa tornam-na um espaço único e muito apreciado para este tipo de reuniões em que a excelência dos oradores e convidados convive com a informalidade do ambiente.

Dentro desta linha e neste contexto organizaram-se dezenas de reuniões na Casa de Mateus:

Em 1979 acolheram-se seminários de especial importância em termos culturais e regionais como as Jornadas Médico-Cirúrgicas, a 1ª mostra de vinhos de Trás-os-Montes “Vinorde”, a Reunião do Conselho da Europa em Vila Real e a participação nas Comemorações em Vila Real do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Lusófonas.

Em 1980, graças aos apoios crescentes do Estado e de entidades privadas a acção cultural da Fundação intensifica-se. São organizados os seguintes seminários: “Encontro Luso-Italiano de Camonistas” e o “Iº Encontro Galaico-Português da Casa de Mateus

Em 1981, decorreram os Seminários: “Os Transportes e o Desenvolvimento do Nordeste”, “Saúde e Regionalização” e “Psicologia e Cultura: Édipo na Psicanálise, Antropologia e Cultura”.

Em 1985, organizou-se o seminário “A Cultura Portuguesa desde o início da Nacionalidade até ao ano Pessoa”.

Em 1986, promoveu-se um seminário sobre “Teoria Política do Mercado de Trabalho da CEE” organizado pelo Centro de Estudos do Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, e outro sobre “Investigação em desenvolvimento Infantil e Familiar” da iniciativa da Unidade de Desenvolvimento do Serviço de Pediatria da Universidade de Lisboa.

Em 1986 foi criado o Instituto Internacional da Casa de Mateus (IICM), de que foram sócios fundadores todas as Universidades Públicas Portuguesas, todas as Academias Científicas e a Fundação da Casa de Mateus. Embora com uma vertente mais científica, as reuniões de reflexão promovidas pelo IICM inscrevem-se perfeitamente na linha geral dos seminários da Fundação.

O primeiro seminário organizado pelo IICM decorreu em 1987 e foi subordinado ao tema “Oceanografia”.

Em 1987, organizaram-se três seminários: “Teoria e Crítica face ao Cinema Contemporâneo” em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Cinemateca Portuguesa, “Inovações Tecnológicas-Mercado de Trabalho” organizado pelo Instituto Superior de Economia, em colaboração com a Fundação Volkswagen e “O Alargamento da CEE ao Sul: mais um passo para o abandono da Política Agrícola Comum?” organizado pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa

Em 1988, promoveram-se 5 seminários: “Vitorino Nemésio – 10 após a sua morte”, “Modelos aplicados na experiência geral” organizado em colaboração com a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e a Inforgal, e 3 seminários sobre o “O Vinho do Douro” organizados em colaboração com a Comissão de Coordenação e Planeamento da Região Norte, em que se juntaram pela primeira vez todos os organismos estatais e para-estatais com responsabilidades no sistema, para além de agricultores, exportadores e suas associações e políticos nacionais e autarcas.

Em 1989, decorreu o Seminário comemorativo do Centenário do nascimento de Charlie Chaplin em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, com um ciclo de conferências e a projecção de filmes de curta e longa-metragem, e um seminário dedicado ao tema “Os Jovens e o Teatro” em colaboração com a Fundação Gulbenkian.

Neste ano, com o IICM, é organizado o seminário “Saúde Pública nos Países Tropicais”.

Em 1990, a Fundação acolheu o seminário “New Methods for Perinatal Surveillance” em colaboração com o Instituto Abel Salazar, e, com o IICM, promoveu o seminário “Descobrimentos Portugueses e a contribuição científica e técnica dos portugueses para o conhecimento universal”.

Em 1991, organizou-se um seminário sobre “Comércio Internacional” com a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

Em 1993, a Fundação acolheu o grupo português do CAPS (Centro de Análise e Processamento de Sinais), dirigido pelo Eng.º Luís Azevedo, que promoveu uma reunião de técnicos e responsáveis do projecto HEART, estudo sobre Tecnologias de Reabilitação financiado pela CEE e organizou, em colaboração com a Comissão de Coordenação da Região Norte, uma reunião sobre alguns dos problemas fundamentais que têm vindo a afectar a Região, nomeadamente os do vinho do Porto.

Com o IICM, realizou-se o seminário “Educação, Desenvolvimento e Cultura como factores de Progresso”, e em 1994 dois seminários dedicados aos temas “Educação Ambiental” e “Património Construído”.

Em 1995 o seminário “Repensar Portugal II – a Educação”, a exemplo do primeiro “Repensar Portugal” de 1978, trouxe a Mateus, para um período de reflexão de 3 dias, as personalidades mais relevantes do meio académico, institucional e político.

Em 1996, o ciclo prossegue com “Repensar Portugal III – a Regionalização

Em 1997 é organizado o Seminário sobre “O Futuro do Turismo no Norte de Portugal” em colaboração com a Comissão de Coordenação da Região Norte, e, com o IICM, promoveu-se o seminário “O Retorno do Nacionalismo” em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa.

Em 1998, IICM promoveu o seminário “Judeus e Cristãos Novos em Portugal” em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa e com a Universidade de Telavive.

Em 1999 decorrem duas reuniões: a reunião com Centros Culturais Galegos e do Norte de Portugal vocacionados para a música erudita para tentar encontrar formas de cooperação e o seminário sobre “Animação Cultural e Desenvolvimento Regional” em que se pretendeu sensibilizar os autarcas para a importância da componente cultural no desenvolvimento.

Em 2001, em conjunto com o Instituto Internacional Casa de Mateus, promoveu a realização de um Seminário Internacional para debater os problemas surgidos com a decifração do Genoma Humano. A sessão final decorreu no Porto tendo sido organizada pela Universidade do Porto na Biblioteca Almeida Garrett.

Em 2002, em conjunto com o Instituto Internacional Casa de Mateus, promoveu a realização de um Seminário Internacional para debater o tema “Imigração e Globalização”.

Em 2003 foi organizado, em conjunto com o Instituto Internacional Casa de Mateus, o Seminário Internacional para abordar a obra de três grandes poetas de que se comemorou os 25 anos da sua morte – Ruy Belo, Vitorino Nemésio e Jorge de Sena – que foi coordenado pelo Prof. Doutor Luís Adriano Carlos, da Universidade do Porto, e teve o apoio da Dra. Teresa Belo.

Em 2004, com o Instituto Internacional Casa de Mateus e o Instituto de Estudos Italianos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, organizou o Seminário Internacional subordinado ao tema “Petrarca. 700 anos. O Petrarquismo Português”, coordenado pela Profª Doutora Rita Marnoto, em que participaram investigadores do mais alto nível científico. As actas foram inseridas na série “Leonardo” do referido Instituto.

Em 2005 com o Instituto Internacional Casa de Mateus e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa acolhemos os Seminários “Comparative National Election Projects” coordenado pelo Doutor Pedro Magalhães e em que participaram investigadores de cerca de 20 países diferentes.

Ainda em 2005 acolheu o Seminário subordinado ao tema “Sentidos da Utopia” organizado pelo Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e coordenado pela Profª Doutora Fátima Vieira.

Em 2006 com o Instituto internacional Casa de Mateus e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto acolheu o Seminário “Energia e Sustentabilidade” que foi coordenado pelo Prof. Eduardo de Oliveira Fernandes, em que participaram investigadores de diversos países.

Em 2007 em parceria com o Instituto Internacional Casa de Mateus e com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa e a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, organizou o seminário “Women’s Participation in Democracies” que foi coordenado pelas Profs. Doutoras Marina Costa Lobo e Teresa Beleza. Neste seminário participaram três dezenas de investigadores de vários países.

Em 2009 realizou em parceria com o Instituto Internacional Casa de Mateus um Seminário dedicado ao tema “Proper Use of Genetic Information” que foi coordenado pelos Doutores Jorge Soares, Jorge Sequeiros e Paula Martinho, tendo ainda o apoio de António Coutinho e António Barreto. Participaram investigadores de vários países e a reunião teve um nível científico excepcional.

Em 2010, numa colaboração com o Instituto Internacional Casa de Mateus, acolheu três dezenas de membros da associação Célsius, que aqui trabalharam de 24 a 26 de Setembro, sobre o tema “Europe in Opera”.

Em 2010, realizou o Seminários “Social Capital and Trust”, coordenado pelo Prof. Manuel Vilaverde Cabral, que decorreu de 15 a 17 de Outubro. Neste ano realizou-se também a primeira edição do programa Mateus DOC dirigido a investigadores de todas as áreas científicas. O objectivo é reunir um pequeno grupo de entre 10 a 12 investigadores dispostos a discutir em conjunto, durante um fim-de-semana na Casa de Mateus, temas comuns a cada um destes tópicos, convergindo perspectivas e pontos de vista de áreas diversas. A primeira edição do programa “Mateus DOC”, cujo comité de selecção foi presidido pelo Prof. Alexandre Quintanilha, decorreu de 5 a 7 de Novembro e que teve como tema “Adaptação”.

Com o lançamento do programa Mateus DOC iniciou-se também o ciclo “Desafios da Adaptação”. Este ciclo articula-se em torno de uma reflexão sobre as estratégias das universidades e das comunidades urbanas para se adaptarem aos desafios da sociedade do conhecimento e da criatividade, criando espaços e ambientes, simultaneamente, competitivos e com elevada qualidade de vida, capazes de atraírem e fixarem talento e, sobretudo, de criarem valor.

O ciclo procurou fomentar uma perspectiva pluridisciplinar e transversal abordando as dimensões: Infra-estrutural (ao nível físico, energético e de comunicações); Conhecimento (geração, difusão, e valorização); Criatividade (o usufruto da genialidade e a sua valorização).

Em 2011, em Abril, em colaboração com o Instituto Internacional Casa de Mateus, a Fundação acolheu, na linha dos debates “Repensar Portugal” realizados em 1976, 1995 e 1996, , o Seminário “PensarRE Portugal”, cuja organização foi coordenada pelo Prof. Jorge Vasconcelos, no qual participaram diversas individualidades portuguesas e estrangeiras. O seminário suscitou grande interesse na imprensa.

Em Setembro a Fundação organizou com o Departamento de Matemática da Universidade do Minho o primeiro colóquio no âmbito do projecto “MAT2-Mateus e a matemática” que reuniu 22 investigadores de várias Universidades portuguesas e estrangeiras.

Ainda em Setembro, acolheu mais um Seminário do ciclo “Desafios da Adaptação”, organizado pelo Instituto Internacional Casa de Mateus, tendo sido dedicado ao tema “As Universidades como centros de conhecimento para comunidades inteligentes”, com a coordenação dos Professores José Veiga Simão e Luís de Sousa Lobo. A finalidade destes seminários é colocar as Universidades no centro da reflexão sobre as perspectivas de futuro das comunidades humanas.

Em Outubro, teve lugar a segunda edição do Programa Mateus DOC, desta vez subordinada ao tema “Risco”. O Presidnte do Comité de Selecção foi o Prof. Ramón Villares, Presidente do Consello da Cultura Galega, e a conferência de abertura proferida pelo filósofo Daniel Innerarity.

Entre 19 e 20 de Maio de 2012, com o Instituto Internacional Casa de Mateus acolheu o Seminário “Universidades II – Estratégias de especialização Inteligente” com a coordenação do Professor Doutor José F. G. Mendes, Vice-Reitor da Universidade do Minho.

Em Junho acolheu com o Instituto de Estudos Medievais e com o Centro de História de Além-Mar, ambos da Universidade Nova de Lisboa, e com o Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, o Seminário Internacional subordinado ao tema “História dos Arquivos e da Informação: um campo de investigação” que contou com 22 investigadores portugueses e estrangeiros. Na ocasião foi apresentado a obra “Arquivos de família, séculos XIII-XX: que presente, que futuro?” cuja edição contou com o apoio da Fundação da Casa de Mateus.

Em Setembro organizou com o Departamento de Matemática da Universidade do Minho o segundo colóquio no âmbito do projecto “MAT2-Mateus e a matemática” que reuniu 22 investigadores de várias Universidades portuguesas.

Em 2013, no dia 1 de Junho organizou-se o workshop intitulado “Os Arquivos Pessoais e Familiares. Da representação da informação ao acesso”, realizado em parceira com o CITCEM-Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (Universidade do Porto) e a Fundação Instituto Marques da Silva (U. Porto). Teve como conferencista principal o Dr. Francisco Borja de Aguinagalde, Director dos Arquivos Nacionais do País Basco, para além de outros conferencistas portugueses da Universidade e dos Arquivos. O seminário contou com mais de cinquenta participantes de vários Arquivos de Norte a Sul do País.

Nos dias 13 e 14 de Setembro, organizou-se o seminário “José Anastácio da Cunha: Um educador iluminado”, inserido no projecto “MAT2: Mateus e a Matemática”, dedicado à História da Cultura e da Ciência Setecentistas, que conta com 22 investigadores de várias Universidades portuguesas e estrangeiras. A conferência inaugural do seminário esteve a cargo do Professor Dr. Dias Agudo (Academia das Ciências de Lisboa). O seminário deste ano foi, pela primeira vez, aberto à Comunidade Académica e teve grande adesão. Contou com uma sessão pedagógica dedicada a alunos do ensino secundário.

No dia 13 de Setembro foi apresentado publicamente o livro “Anecdotas de J.A.d.C. Reminiscências de D. José Maria de Sousa, Morgado de Mateus, sobre o seu Mestre e Amigo José Anastácio da Cunha”, com base no manuscrito inédito pertencente ao Arquivo da Casa de Mateus.

No dia 14 de Setembro, decorreu a sessão pública de apresentação das Actas do III Congresso Internacional da Casa Nobre, editadas pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, que contém um artigo sobre o Arquivo da Casa de Mateus, entre outros dedicados a diversas temáticas e com a autoria de especialistas portugueses e estrangeiros. Com mais de vinte anos de actividade, o projecto “Casa Armoriadas de Arcos de Valdevez”, é reconhecido como o mais consistente projecto historiográfico de análise da Casa Nobre numa perspectiva holística.

Em Outubro acolheu com o Instituto Internacional Casa de Mateus a terceira edição do Programa Mateus DOC subordinado ao tema “Sustentabilidade”, sendo o Presidente do Comité de Selecção e Keynote speaker o Prof. Eduardo de Oliveira Fernandes e, em Novembro, a quarta edição do mesmo Programa desta feita subordinado ao tema “Representação”, sendo a conferência de abertura proferida pelo Arquitecto Manuel Aires Mateus.

Em 2013, em Outubro, teve lugar o semináro da quinta edição do programa Mateus DOC, dedicado ao tema “Fronteira”, sendo o Presidente do Comité de Seleção e keynote speaker o General José Alberto Loureiro dos Santos.

Em 2014,  o Insitituto Internacional Casa de Mateus promoveu três edições do programa Mateus DOC, correspondendo a 3 convites a apresentação propostas, e três seminários residências. Publicaram-se os cadernos Mateus DOC “Fronteira”, “Código” e “Desvio”. Os artigos publicados nestes cadernos foram objeto de revisão científica.

A 13 de Junho de 2014 – a Fundação participou na organização das “Jornadas Anastacianas” em Valença do Minho, com o apoio da Câmara Municipal local.

Nos dias 10-12 de Setembro, apresentação do projecto “MAT2 – José Anastácio da Cunha e a Matemática nos Arquivos Setecentistas da Casa de Mateus”, na Faculdade de Educação da Universidade Complutense de Madrid, no âmbito do XII Congresso da Sociedade Espanhola de História das Ciências e das Técnicas.

Nos dias 15-19 de Outubro, participação com várias conferências no 7° Encontro Luso-Brasileiro de História da Matemática, que decorreu em Óbidos.

Em 2014, a Fundação da Casa de Mateus, em parceria com a UTAD, deu início ao ciclo “Conversas sobre Ciência e Cultura”, tertúlia de periodicidade semestral, que convida um orador para, a partir de uma peça do acervo da Casa, desenvolver um tema da sua área de investigação. Foram oradores Anastassios Perdicoulis, da UTAD, que abordou o livro “Verdadeiro Método de Estudar”, de Luís António Verney; Eurica Henriques, da UTAD, que apresentou os globos terrestre e celeste (séc. XVIII); os Arquitectos Teresa Nunes da Ponte e António Belém Lima, que falaram sobre a construção da Casa e as sucessivas campanhas de obras; e José Eduardo Reis, da UTAD, que analisou a edição de “Os Lusíadas” publicada pelo Morgado de Mateus, em Paris, em 1817.

As conferências foram precedidas de degustação de vinhos com a colaboração dos enólogos José Carlos Fernandes, Paulo Ruão e Olga Martins.

Em 2015 a  Fundação da Casa de Mateus deu continuidade às “Conversas sobre Ciência e Cultura”, organizada em parceria com a UTAD.

No dia 27 de Fevereiro, decorreu uma sessão subordinada ao tema "Notas sobre a evolução da vitivinicultura na Região do Douro”, apresentado pelo Prof. Doutor Nuno Magalhães (UTAD). Na ocasião, o Prof. Doutor António Fontaínhas Fernandes, Reitor da UTAD, apresentou o Meruge 2012, da Lavradores de Feitoria, Vinhos de Quinta, S.A.

No dia 20 de Março decorreu a 6ª sessão do ciclo, dedicada ao tema “O arquivo fotográfico da Casa de Mateus” e proferida pelo Dr. Abel Rodrigues. Na ocasião, o Eng. Luís Rochartre Álvares, Administrador Executivo da Empordef, SGPS, e Membro do Conselho Geral da UTAD, apresentou o vinho Três Bagos Sauvignon Blanc 2013, Lavradores de Feitoria.

Numa parceria com o Centro da Cultura Galega, o seminário da nona edição do programa Mateus DOC promovido pelo IICM, decorreu na Galiza, na Casa da Europa, no Campus da Universidade de Santiago de Compostela, entre os dias 18 e 20 de Setembro. O tema desta edição foi “Migração”.

Presidiram à sessão de abertura o Reitor da Universidade de Santiago de Compostela, o Presidente do Consello da Cultura Galega, o Reitor da Universidade do Minho e a Vice-Presidente do Instituto Internacional Casa de Mateus. Gonçalo Matias, Presidente do Observatório para as Migrações da Universidade Católica, proferiu a conferência de abertura.

De 27 a 29 de Novembro de 2015 realizou-se, no antigo Lagar da Casa de Mateus, o seminário residencial do programa Mateus DOC X dedicado a debater o conceito de “Globalização”.

A conferência de abertura realizou-se, no Auditório de Geociências da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com os seguintes oradores: João Vale de Almeida - Embaixador da União Europeia, Rui Tavares, Historiador e Miguel Poiares Maduro, Professor de Direito. A sessão foi moderada por Teresa Albuquerque e contou com uma plateia interessada e em grande número, que praticamente esgotou a lotação do auditório.

No dia 5 de Dezembro iniciou-se um novo ciclo de “Conversas sobre Arte Ciência e Cultura”. Foi orador o Prof. Doutor José Francisco Preto Meirinhos da Universidade do Porto, que abordou o tema “A Ética de Aristóteles: antiguidade e actualidade”. A sessão iniciou-se com a apresentação do livro da biblioteca da Casa de Mateus - “Discursos sobre la filosofia moral de Aristoteles”, editado por Antonio de Obregón y Cereceda em 1603. A tertúlia foi precedida da degustação do vinho branco Riesling, Lavradores de Feitoria, apresentado pelo nosso enólogo Eng. José Carlos Fernandes.

No dia 13 de Fevereiro de 2016 foi orador o Professor João Cardoso Rosas, da Universidade do Minho, que apresentou, à luz das principais teorias da ética, o tema “Da virtude ao dever: o carácter imperativo da ética moderna”. Nesta sessão, o Arquivo da Casa de Mateus apresentou e comentou um manuscrito do 5º Morgado de Mateus, D. José Maria de Souza Botelho Mourão, intitulado: “Breve historia ou notícias desta Casa de Mateus que serve de introdução à lição dos títulos para instrução do meu filho”, de cerca de 1800. A sessão incluiu também uma apresentação e degustação do vinho branco Riesling, da Lavradores de Feitoria, a qual esteve a cargo do enólogo José Carlos Fernandes.

Na sessão do dia 13 de Junho de 2016 com o Professor Satoshi Matsui da Universidade de Senshu, Japão, e com a investigadora Juliana Bidadanure da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a sessão versou sobre a relação do socialismo com o liberalismo, numa perspectiva ética. A sessão foi moderada pelo Professor Roberto Merrill da Universidade do Minho, em Inglês, com apoio de tradução em Português. Por ocasião deste encontro, foi oferecida aos participantes uma prova do Porto Vintage de 2006 da Quinta da Costa das Aguaneiras. O enólogo da Casa de Mateus, Eng. José Carlos Fernandes, apresentou o vinho.

A 16 de Julho de 2016 decorreu a sessão com os Professores Karl Widerquist (Universidade de Georgetown, Estados Unidos da América) e Borja Barragué (Universidade Autónoma de Madrid), especialistas em filosofia política, que discutiram argumentos éticos sobre o Rendimento Básico Incondicional. Por esta ocasião, o Arquivo da Casa de Mateus apresentou um documento de 1773 de D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, governador da Capitania de São Paulo, dando conta de um pagamento efectuado a António Fernandes de 80.000 reis, por uma menina de 6 anos, de nome Sebastiana dos Prazeres. A sessão foi moderada pelo Professor Roberto Merrill  (Universidade do Minho),  em inglês, com apoio de tradução em português. Desta vez, foi oferecida aos participantes uma prova do vinho Rosé 2015, da Lavradores de Feitoria.

No dia 22 de Outubro de 2016 com Alan Thomas (York), Professor de filosofia e chefe de departamento da Universidade de York, e com a investigadora Susana Cadilha da Universidade do Proto, abordou-se o tema - Particularismo Moral e Acções de Grupo. A sessão foi moderada pelo Professor Roberto Merrill da Universidade do Minho, em Inglês, com apoio de tradução em Português. Por ocasião deste encontro, foi oferecida aos participantes uma prova de vinho oferecido pela Lavradores de Feitoria.

A 12 de Novembro de 2016, a Ética dos Bancos foi o tema e o orador convidado foi Geert Demuinjk (EDHEC Business school), Professor especialista em Ética do trabalho e Filosofia Política. A apresentação foi moderada pelo Professor Roberto Merrill da Universidade do Minho, em Inglês, com apoio de tradução em Português. Como habitual, os participantes e convidados tiveram a oportunidade de provar vinho do Porto da Quinta da Costa. Com tempo agreste, apenas tivemos 10 presenças.

A sessão do Ciclo de Conversas sobre Arte Ciência e Cultura agendada para o dia 03 de Dezembro de 2016, pelas 15h, teve como tema a Ética do Amor e contou com o Professor Roberto Merrill  (Universidade do Minho), como orador, e a presença da realizadora Luciana Fina e do artista plástico António Gonçalves, com os quais se abordaram diversas perspectivas sobre o amor com moderação de Teresa Albuquerque. Nesta ocasião, o Arquivo da Casa de Mateus apresentou a gravura/ilustração do Canto IX da obra Os Lusíadas, com o título Ilha de Vénus. Gravura que faz parte da edição Monumental editada e impressa por ordem do Morgado de Mateus, D. José Maria do Carmo nas oficinas Firmin Didot, Paris, 1817. Os presentes foram brindados com um café, no início da sessão e com champanhe no final para comemorar mais um ciclo de conversas.

Mat2

O projecto Mat2 destina-se ao estudo dos fundos setecentistas do Arquivo da Casa de Mateus relativos a D. José Maria de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Mateus, e a José Anastácio da Cunha, ilustre matemático, que foi seu professor e amigo. É um projecto iniciado em 2011, que foi objecto de um protocolo entre a Fundação da Casa de Mateus e a Universidade do Minho.

No dia 25 de Janeiro de 2016, a equipa do projecto Mat2, coordenado pela Professora Elfrida Ralha da Universidade do Minho, reuniu em Braga para discutir ponto de situação e estratégias para o futuro que serão objecto de uma série de atividades em 2017. Fazem parte da equipa a Fundação da Casa de Mateus, a Academia das Ciências de Lisboa, a Câmara Municipal de Valença do Minho, o Arquivo Distrital de Braga, o Arquivo da Universidade de Coimbra e o Regimento de Artilharia do Porto.

No dia 11 de Março realizou-se no Auditório de Geociências da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, uma conferência sobre o impacto da Globalização nas Universidades, com David Malone, sub-secretário Geral da Organização das Nações Unidas e Reitor da Universidade das Nações Unidas.

Para assinalar o 30º aniversário do Instituto Internacional Casa de Mateus, a reunião mensal do Conselho de Reitores das Universidades Públicas Portuguesas, no dia 13 de Setembro, celebrou-se na Casa de Mateus. Nesta ocasião foram apresentados os cadernos nº 9 e 10 do programa Mateus DOC, dedicados respectivamente ao tema da Migração e da Globalização. Nesta reunião, a nova página de internet do instituto foi apresentada aos sócios presentes.

No dia 19 de Novembro de 2016, no âmbito da parceria com o Douro Vintage Fórum, realizou-se uma conferência com o título - "Filosofia e Música entre dois Mundos" a sessão contou com um filósofo, Lúcio Marques e um musicólogo, Ricardo Bernardes, que apresentaram os seus trabalhos nestes domínios, o primeiro mais centrado no período entre o século XVII e XVIII, e o segundo nos séculos XVIII e XIX,  com a moderação de Pedro Braga Falcão, músico e professor de História das Religiões na Universidade Católica Portuguesa.

 

Globalização e Gastronomia

O seminário foi organizado com três tipos diferentes de sessões e debates. Por um lado, académicos e policy makers apresentaram ideias e conceitos fundamentais para a análise das questões da globalização e do desenvolvimento regional no contexto da gastronomia. Por outro lado, alguns dos agentes e atores relevantes no sector da gastronomia apresentaram casos de estudo centrados nas condições que permitem o sucesso na globalização de identidades locais (como a internacionalização dos produtos do território) ou no aproveitamento local de recursos globais (como o conhecimento). O seminário iniciou-se na sexta-feira dia 25 de Novembro e concluiu-se no domingo 27 depois do almoço. O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral presidiu à abertura do Seminário. A soma de inscritos nas 4 sessões foi de 60 pessoas. Na conferência de abertura, com a apresentação, de Daniel Innerarity - “Comer en la sociedad del riesgo”, estiveram presentes 45 pessoas. No dia 26 de Novembro, na primeira sessão estiveram presentes 40 pessoas. Nesta ocasião apresentaram as suas análises Guido Caldarelli - Food and Complex Systems, Pere Castells - Ciência e Gastronomia – entre a descoberta ou perda da identidade e Carlos coelho – branding, ivity Corp. Na segunda sessão estiveram presentes 35 pessoas e contou com as reflexões sobre o Impacto da Globalização no Douro, introduzida por Nuno Magalhães e apresentações de Jorge Dias e Tim Hogg. O almoço deste dia teve a particularidade de ser um almoço-conversa em que participaram João Magalhães Rodrigues e Duarte Calvão, coordenador do Projecto Gastronomia da associação de turismo de Lisboa. Na terceira sessão, intitulada Cultura, Gastronomia e Desenvolvimento Regional, estiveram presentes 37 pessoas. Nesta sessão Ragnar Siil, Jannie Vestergaard e Joaquim Oliveira Martins apresentaram as suas visões. Na quarta e última sessão do seminário, abordou-se a questão da Internacionalização de produtos agro-alimentares, na qual apresentaram as sua experiências Graça Saraiva, Jorge Serôdio, Alexandrina e Alberto João Fernandes, Elena Urdaneta e Fia Gulliksson.

Em 2017, o Ciclo Conversas Arte Ciência Cultura acolheu a sua primeira conversa no sábado, 11 de Fevereiro pelas 15h, com uma sessão dedicada aos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, alusiva ao bicentenário da edição monumental desta obra por D. José Maria de Sousa Botelho Mourão. O orador convidado foi o Professor João Figueiredo (Universidade de Lisboa), autor de vários ensaios sobre Luís Vaz de Camões. A sessão começou com uma visita à Biblioteca da Casa, em que os participantes tiveram a oportunidade de observar o exemplar único da edição monumental, bem como as 13 gravuras que dele fazem parte e os respetivos desenhos originais. Neste dia, contámos também com as presenças dos atores António Fonseca e José Neves, criadores e intérpretes de «Força Humana», espetáculo criado a partir de Os Lusíadas, que se apresentou na véspera, 10 de Fevereiro, no Teatro Municipal de Vila Real, e de José Luís Ferreira, produtor e co-realizador do projeto. O actor António Fonseca apresentou o seu áudio-livro Os Lusíadas como nunca os ouviu, edição integral, impressa e falada, do poema, do qual se ouviram excertos. Estiveram 32 pessoas presentes na sessão.

Durante o ano de 2017 realizaram-se mais 3 sessões no âmbito de um ciclo dedicado ao tema “Utopias contemporâneas – O Futuro da Utopia Europeia”, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. O ciclo foi coordenado pelo Dr. Álvaro de Vasconcelos. As sessões públicas decorreram nos dias 1 e 29 de Abril e 20 de Maio.

O projecto "O Futuro da Utopia Europeia" incluiu também um seminário em parceria o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra.

A primeira sessão do ciclo, no dia 1 de Abril, iniciou com uma intervenção do Filósofo Renato Janine Ribeiro que fez uma apresentação sobre o tema "Utopia e Democracia", com moderação de Álvaro de Vasconcelos. A sessão teve lugar no Barrão da Casa de Mateus, pelas 15h. Estiveram presentes 24 pessoas. No dia 29 de abril, às 15h, realizou-se a segunda sessão do ciclo, com Jorge Barreto Xavier, sobre "Cultura e Democracia", com moderação de Teresa Albuquerque. Nesta ocasião, o orador apresentou o livro “A Cultura na vida de todos os Dias”. A sessão decorreu na copa da Casa de Mateus, pelas 15h. Nesta sessão estiveram presentes 26 pessoas. No dia 20 de Maio, às 14h30, realizou-se a terceira sessão do ciclo – Utopias contemporâneas - com Pedro Santa-Clara Gomes, Sara Bizarro e Gonçalo Marcelo sobre o tema do futuro do trabalho e o seu impacto na sociedade europeia. Estiveram presentes 37 pessoas.

 

Seminário “O Futuro da Utopia Europeia”

Nos dias 20 e 21 de Maio realizou-se o seminário “O Futuro da Utopia Europeia” em colaboração com o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. O seminário desenvolveu-se em torno das seguintes sessões: no primeiro dia – O Futuro do Trabalho, Europa democrática – à procura do demos e Cidadania: nós e os outros. No segundo dia, a Qualidade de vida sem crescimento económico e Utopias – à procura de novos Futuros. O seminário contou com 20 participantes: Álvaro Vasconcelos, Ana Maria Rodrigues, António Cunha, Eduardo Marçal Grilo, Eric Hertzler, Fátima Vieira, Gema Martin Muñoz, Gonçalo Marcelo, Isabel Valente, José Gil, José Eduardo Reis, Luís Braga da Cruz, Miguel Arana Catania, Paulo Magalhães, Pedro Bacelar Vasconcelos, Pedro Santa-Clara Gomes, Roberto Merrill, Sara Bizarro, Teresa de Sousa e Teresa Albuquerque.

As conversas e seminário o “Futuro da Utopia Europeia” foram objecto de um relato pelo coordenador do projeto Dr. Alvaro de Vasconcelos, que pode ser consultado online.

3M+1

No seguimento do protocolo entre a Fundação da Casa de Mateus e a Universidade do Minho, tem-se desenvolvido o projeto Mat2 destinado ao estudo dos fundos setecentistas do Arquivo relativos a D. José Maria de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Mateus, e a José Anastácio da Cunha, ilustre matemático, que foi seu professor e amigo. Este ano, com o Instituto Internacional Casa de Mateus, realizou-se na Universidade do Minho, em Braga, nos dias 12, 13 e 14 de Outubro, um encontro Internacional “3M+1: História da Matemática, da Música e Militar” com a colaboração da Academia das Ciências de Lisboa, da Câmara Municipal de Valença do Minho, do Arquivo Distrital de Braga, do Arquivo da Universidade de Coimbra, do Regimento de Artilharia do Porto e da Fundação. Os assuntos em discussão centraram-se na Matemática, na Música e nas Ciências Militares do século XVIII. Em Mateus, realizou-se, a 14 de Outubro, um Sarau Literário-Musical, com leituras de poemas do grande matemático português José Anastácio da Cunha por Maria Luísa Malato, momentos musicais com obras coevas de compositores portugueses e de outras partes da Europa, bem como intervenções sobre a filosofia da época realizadas por Norberto Cunha. As intervenções artísticas, em desenho e aguarelas, estiveram a cargo de um grupo de alunos da Faculdade de Arquitetura do Porto. Os momentos musicais ficaram a cargo de professores do Conservatório Regional de Música de Vila Real e da pianista Helena Marinho, especializada na obra de João Domingos Bomtempo.

 

Música

Em 1978 realizaram-se os primeiros concertos de música clássica na Fundação com a participação de músicos portugueses e estrangeiros: (Joana Silva e Adriano Jordão; Patrícia Chiti e Adriano Jordão; Camarata Académica de Salzburgo; Orquestra de Câmara de Moscovo), logo em 1979 e até 1983 o número de concertos e recitais passa a atingir as 3 dezenas.

Em 1980, pela sua projecção, ressaltou o concerto de homenagem a Heitor Villa-Lobos pela Orquestra Gulbenkian e o solista Dagoberto Linhares.

Em 1981, destaca-se a Comemoração do Centenário de George Enescu e do dia Mundial da Música com a participação dos músicos Eric e Tania Heidsiek, Liliana Bizinech e Adriano Jordão.

Em 1985, o Coro Gulbenkian participa em Mateus na Comemoração do 40º aniversário das Nações Unidas, no dia 24 de Junho.

1985 é também o ano em que é lançado o Festival de Música Barroca de Vila Real com o apoio da Fundação.

Na Páscoa de 1990, é de assinalar o concerto por Gustav Leonhardt inaugurando o órgão da Capela restaurado com o apoio da Solubema - Sociedade Luso-belga de Mármores. S.A, bem como o estágio, em Mateus, da orquestra dos “Solistas de Câmara Austríacos” que realizaram concertos em Mateus, Lisboa e Porto, com o apoio da Inforgal.

Em 1992 a Orquestra Barroca da União Europeia dirigida por Ton Koopman fez um estágio de 10 dias em Mateus para preparar a sua digressão europeia desse ano.

Em 1993 é de referir a criação da Orquestra do Norte de que a Fundação é membro-fundador.

Em 1996 um acontecimento merece particular destaque: a 17 de Agosto a homenagem a Dame Moura Lympany por ocasião dos seus 80 anos, que foi agraciada com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo Senhor Presidente da República e em que Sir Edward Heath se deslocou a Mateus para dirigir a orquestra.

No ano 1999 foi apresentada, pelo coro Henri Duparc e a Orquestra Musica Antiqua, a primeira audição mundial moderna da Missa de Domingo de Ramos Lobo de Mesquita sendo gravada para a edição de um CD. Também foi gravada a obra “Dominó IV” do compositor Philippe Boivin interpretada pelo quatuor Parisii.

Em 2013 foi apresentado um concerto com o Côro S. Carlos e a Orquestra Nacional da GNR, com comentários de Jorge Rodrigues, em que serão interpretadas obras relativas às vindimas, que terá lugar em Setembro.

Em 2014, na área musical tivemos ainda um concerto de música barroca pelo grupo Concilium Musicum Wien, dirigido por Christoph Angerer.

No dia 16 de Setembro, no Barrão da Casa de Mateus, foi publicamente apresentado o programa “Caminhos de Mateus” desenvolvido pela Fundação da Casa de Mateus com o apoio financeiro da associação Douro Generation no âmbito do programa Douro Vintage Fest - Aldeias com Vida. Trata-se de um programa de actividades musicais que inclui conferências e concertos de música antiga e barroca de compositores de Portugal e de países da América Latina a desenvolver em 2016 e em 2017. Os concertos de 2016, realizaram-se nos dias 21, 22, 23, 29 e 30 de Outubro.

Inserido no programa Caminhos de Mateus, a Fundação da Casa de Mateus acolheu, no dia 29 de Outubro, a conferência – Diálogos de culturas nas músicas antigas luso-brasileira, cujo orador foi o Professor Rui Vieira Nery.

No dia 23 de Setembro de 2016, em colaboração com o Conservatório Regional de Música de Vila Real, a Fundação da Casa de Mateus acolheu o concerto de flauta e cravo “Tributo a Bach” por Filipa Oliveira e João Paulo Janeiro. O concerto integrou o programa “Memórias e Caminhos de Mateus” e realizou-se às 21h30 na Capela da Casa de Mateus. Recebemos 47 inscrições e estiveram presentes 80 pessoas.

 

Caminhos de Mateus

A segunda etapa do ciclo de concertos “Caminhos de Mateus – Aldeias com Vida” durante o mês de Junho de 2017 com programas dedicados à música do século XVIII: sendo dois dedicados aos repertórios do tempo do 4º Morgado de Mateus, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722 – 1798), governador da capitania de São Paulo, no Brasil, entre 1765 e 1774; e ainda uma homenagem ao 5º Morgado de Mateus, D. José Maria de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos (1758 – 1825), responsável pela edição monumental em 1817 de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões.

Assim, o primeiro programa, “A Música no Tempo de D. Luís António, 4º Morgado de Mateus”, apresentado pelo agrupamento Americantiga acompanhado da soprano solista Sandra Medeiros, propôs uma digressão musical contemporânea à vida de D. Luis António, 4º Morgado de Mateus, com a música instrumental e de ópera produzida e representada em Portugal e no Brasil que moldaram a evolução do gosto na corte portuguesa durante os reinados de D. João V, D. José I e D. Maria I. O segundo programa, apresentado pelo Quarteto Atégina, compõe-se de quartetos de cordas de dois compositores que ajudam a contar os caminhos da música instrumental em Portugal e Espanha na segunda metade do séc. XVIII. Foram apresentados quartetos de Luigi Boccherini (1743 – 1805), compositor italiano desde 1761 ao serviço da corte de Madrid e do lisboeta João Pedro de Almeida Mota (1744 – 1817) que, por ter feito sua carreira também em Espanha, ainda é pouco conhecido do público português. Como terceiro programa, o Trio Alter-Natives apresentou o espectáculo “Fatal Tormenta” que propõe a ideia de uma viagem atribulada e exótica que une declamação e improvisação vocal e instrumental sobre textos poéticos de Luís Vaz de Camões e música de seu tempo.

 

No mês de Setembro, o Professor João Paulo Janeiro realizou, na Capela e Barrão da Casa de Mateus, o início do trabalho de gravação de música para editar um CD inteiramente dedicado a Johann Ernst Galliard, compositor alemão activo em Inglaterra na primeira metade do século dezoito. O repertório será a integral das 6 sonatas para flauta de bisel e baixo contínuo e as 6 sonatas para fagote e baixo continuo que complementam as primeiras sob o ponto de vista estilístico-conceptual. A gravação será feita pela United Studios Multimedia Collective para a MAACedita e a distribuição espera-se que venha a ser feita pela Harmonia Mundi. Apesar de extraordinário, este repertório não tem qualquer registo em CD com instrumentos originais. Algumas das sonatas foram mesmo apresentadas em primeira audição moderna pelos músicos deste projecto, que são: Filipa Oliveira, flauta de bisel, Hugues Kesteman, fagote, Remi Kesteman, violoncelo barroco, João Janeiro, cravo.

 

Música - Cursos

Os primeiros concertos organizados pela Fundação ocorreram em 1978. Logo no ano a seguir iniciaram-se os Cursos Internacionais de Música da Casa de Mateus.

Trata-se de cursos de aperfeiçoamento dirigidos a alunos finalistas e a professores dos Conservatórios Nacionais, bem como a jovens profissionais. Muitos dos alunos que passaram por Mateus foram estudar com os professores que lá conheceram, para Madrid, Paris, Amesterdão, Nova Iorque, etc., e tornaram-se profissionais competentes das Orquestras Nacionais tendo alguns enveredado por promissoras carreiras de solistas.

Em 1980 organizaram-se os seguintes cursos:

Curso de interpretação ao piano de obras de J.S. Bach, por Helena Sá e Costa

Curso de música de câmara pela Camerata Alberto Lisy

Curso de música barroca pela Ancient Music Academy

Curso de Piano por Eric Heidsiek

Curso de Canto por Lola Rodriguez Aragon

Em 1981

Curso de música de câmara pela Camerata Alberto Lisy

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca com os professores Gustav Leonhardt, Ketil Haugsand, Marie Leonhardt, Charles Medlam, Edward Tarr, David Reichenberg, Max van Egmond.

Curso de Canto por Lola Rodriguez Aragon, Ana Higueras, Isabel Penagos, Teresa Berganza, Tony Rosado.

Curso de Piano por Eric Heidsiek

1982

Em Fevereiro curso de Belcanto por Patricia Adkins Chiti, curso de Piano (Debussy/Ravel) por Adriano Jordão, de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares e Análise e acompanhamento de canto por Gian Paolo Chiti

Em Maio, Curso de Música de Câmara pela Camerata Alberto Lisy que pela 3ª vez teve lugar em Mateus e tem sido organizado pelos Serviços de Música da Gulbenkian.

Em Junho, curso de Piano Chopin/Bartok por Takashi Yamasaky

Em Agosto, 3º Curso  de Música Barroca que contou com a presença, para o recital inaugural, de Gustav Leonhardt e dos professores Charles Medlam, David Reichenberg, Edward Tarr, Glen Wilson, Marie Leonhardt e Max van Egmond.

Em Setembro, curso de canto de Lola Rodriguez Aragon e de piano de Erik Heidsiek

1983

É o ano de aquisição de 2 cravos

Prosseguem os cursos de música de câmara, guitarra clássica, música barroca e canto.

1984

Curso de Música de Câmara pela Camerata Alberto Lysy. Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares. Curso de música barroca por Max von Egmond, Marie Leonhardt, Wouter Möller, Robert Wooley, David Reichenberg, Philippe Suzanne. Curso de canto de Lola Rodriguez Aragon.

1985

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares. Curso de música barroca por Marie Leonhardt, Max van Egmond, Philippe Suzanne, David Reichenberg, Ketil Haugsand, Laurence Dreyfus, Edward Tarr.

1986

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares. Curso de música barroca por Marie Leonhardt, Max van Egmond, Philippe Suzanne, David Reichenberg, Ketil Haugsand, Laurence Dreyfus, Edward Tarr. Curso de Canto-Ópera por Isabel Penagos. Curso de Canto oratória e Lied por Jennifer Smith. Curso de piano por Lawrence Skrobacs.

1987

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Marijke Miessen, Anner Bijlsma, Laurence Dreyfus, Michel Kiener e Ketil Haugsand (violino, canto, flauta de bisel, violoncelo, cravo e contínuo)

Curso de canto por Isabel Penagos

Curso de acompanhamento ao piano por Véronique Werklé

1988

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Marijke Miessen, Anner Bijlsma, Laurence Dreyfus, Michel Kiener e Ketil Haugsand (violino, canto, flauta de bisel, violoncelo, cravo e contínuo)

Curso de canto Ópera-Lied por Isabel Penagos

Curso de acompanhamento ao piano por Véronique Werklé

1989

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Peter Holtslag, Hidemi Suzuki e Ketil Haugsand (violino, canto, flauta de bisel, violoncelo, cravo e contínuo)

Curso de canto Ópera-Lied por Isabel Penagos

1990

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Peter Holtslag, Hidemi Suzuki e Ketil Haugsand (violino, canto, flauta de bisel, violoncelo, cravo e contínuo)

Curso de canto Ópera-Lied por Isabel Penagos

1991

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Marius van Altena, Hidemi Suzuki, Alfredo Bernardini, Peter Holstlag, Ana Mafalda Leite Castro, Eduardo Lopez Bonzo, Richard Egarr, Juan Carlos Rivera.

Curso de canto Ópera-Lied por Ileana Cotrubas

1992

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de música barroca pelos professores Marie Leonhardt, Max van Egmond, Marius van Altena, Jacques Ogg, Maarten Hillenius.

Curso de canto Ópera-Lied por Ileana Cotrubas e de técnica vocal por Ionel Panteas

1993

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de canto barroco, Lied, cravo e piano dos professores Marius van Altena, Max van Egmond, Jacques Ogg e Maarten Hillenius.

Canto Jazz com Norma Winstone

1994

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Cursos de canto barroco e cravo, Lied e piano, canto jazz e clarinete

1995

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares

Curso de canto barroco e Lied, cravo e acompanhamento ao piano, canto jazz, música de câmara com as disciplinas de violino, violoncelo e piano, canto ópera/Lied e técnica vocal e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano.

1996

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares, de música contemporânea (saxofone e contrabaixo) por Daniel Kientzy e Jean-Pierre Robert. Curso de música barroca por Max van Egmond, Jacques Ogg, Ricardo Kanji, Albert Brüggen. Curso de técnica vocal de ópera/Lied e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

1997

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares. Curso de música barroca por Max van Egmond, Jacques Ogg, Ricardo Kanji, Alida Schat, Albert Brüggen. Curso de técnica vocal de ópera/Lied e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

1998

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Barroca, 9 disciplinas.

Curso Ópera-Lied por Elena Obraztsova, de piano por Vladimir Viardo e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

4 conferências do Prof. Rui Vieira Nery

1999

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga por Max van Egmond, Ricardo Kanji, Marc Destrubé, Paolo Pandolfo, Jacques Ogg, Pablo Escande, Bruce Dickey, Charles Toet, Jakob Lindberg,. Curso Ópera-Lied por Elena Obraztsova, de piano por Vladimir Viardo e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

2000

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga por Max van Egmond, Peter van Heyghen, Wilbert Hazelzet, Ku Ebbinge, Marc Vallon, Marc Destrubé, Paolo Pandolfo, Jürgen Kussmaul, Jacques Ogg, Gerard van Vuuren, Beatrice Massin, Jakob Lindberg.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

Curso Ópera-Lied por Elena Obraztsova e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

2001

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga, 14 disciplinas, 2 cursos de Canto e Acompanhamento ao Piano.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

2002

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga por Max van Egmond, Peter van Heyghen, Wilbert Hazelzet, Ku Ebbinge, Marc Vallon, Lorenzo Coppola, Teunis van der Zwart, Marc Destrubé, Roël Dieltens, Paolo Pandolfo, Jürgen Kussmaul, Jacques Ogg, Anner Bylsma.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

Curso Ópera-Lied por Elena Obraztsova e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

2003

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga por Max van Egmond, Peter van Heyghen, Ricardo Kanji, Paolo Grazzi, Alberto Grazzi, Lorenzo Coppola, Teunis van der Zwart, Marc Destrubé, Roël Dieltens, Paolo Pandolfo, Wim ten Have, Jacques Ogg.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

Curso Ópera-Lied por Teresa Berganza e de interpretação de canto e acompanhamento ao piano por Lorraine Nubar e Dalton Baldwin.

2004

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

Curso de Música Antiga, 9 disciplinas, 2 cursos de Canto e Acompanhamento ao Piano.

Ciclo de conferências do Prof. Rui Vieira Nery

2005

Curso de guitarra clássica por Dagoberto Linhares.

2006

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, do qual resultaram quatro concertos.

Um outro concerto foi organizado pelo IVDP por ocasião do Encontro Douro-Duero.

2008

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, com um concerto final.

Foram organizados mais três concertos a pedido de patrocinadores.

2009

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, com concerto final.

2010

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, tendo havido dois concertos públicos patrocinados pelo Banco Português de Investimento.

Também o Banco Português de Investimento patrocinou um concerto, também de Guitarra Clássica, por Pedro Jóia.

2011

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, com concerto final.

Concerto de António Zambujo com o seu novo grupo.

2012

Curso de Guitarra Clássica por Dagoberto Linhares, com concerto final.

2013

Durante o ano de 2013 colaborámos com a comissão de organização do Ano do Brasil em Portugal, tendo realizado 3 recitais de piano e um concerto com a Orquestra Sinfónica Jovem Mariuccia Iacovino e promovemos, mais uma vez, o curso de guitarra clássica do Professor Dagoberto Linhares e o concerto final do mesmo.

2014

Recebemos, de novo, o curso de guitarra clássica dirigido pelo Professor Dagoberto Linhares e também o projecto de um festival internacional itinerante de música, que em 2013 teve lugar na Croácia, sob a direcção artística do Maestro Vladimir Viardo. Este projecto consta de um curso com três disciplinas -piano, violino e violoncelo - e vários professores, e de concertos pelos professores e alunos.

2015

A Fundação acolheu, durante uma semana, em Julho, a “International Music Academy”, de que é produtora executiva Maria João Rodrigues, director artístico o pianista russo Vladimir Viardo e director dos cursos Emanuel Frazão. Este ano, dedicado ao piano, foram professores Vladimir Viardo e Anna Malikova.

O guitarrista Dagoberto Linhares regressou a Mateus para mais uma semana de formação intensiva com estudantes finalistas do conservatório de Lausanne.

No âmbito de cada uma destas actividades promoveu-se um concerto público em Mateus.

2016

Pelo segundo ano consecutivo, entre o dia 22 e 30 de Julho, a Fundação da Casa de Mateus acolheu, em Mateus, a Academia Internacional de Música dirigida pelo Maestro Vladimir Viardo e com a produção executiva de Maria João Rodrigues e o apoio da Juventude Musical Portuguesa. Para que todos os alunos pudessem apresentar o seu trabalho organizaram-se dois concertos um no dia 29 e outro no dia 30 de Julho. Os professores que leccionaram Masterclasses foram: Vladimir Viardo, Arie Vardi e Dmitri Bashkirov.

Dagoberto Linhares regressou novamente a Mateus com os seus alunos finalistas do conservatório de Lausanne. Realizou o concerto final, no dia 22 de Outubro, com os participantes neste curso e com o seguinte reportório: Astor Piazzolla, Leonard Bernstein, Leo Brouwer, Gioachino Rossini, Mário Castelnuovo-Tedesco e Heitor Villa Lobos. Os intérpretes foram os seguintes: Lorenzo Regianni (guitarra), Samuel Hirsch (violino), Mykhailo Kovalchuk (alto), Tiago Almeida (guitarra), Simon Plaetse (guitarra), Johan Smith (guitarra), Nelson Javet (guitarra) e o próprio Dagoberto Linhares.

No dia 29 de Outubro, no âmbito do programa “Caminhos de Mateus” para ajudar a enquadrar a intensa troca cultural e de conhecimento, em particular com o Brasil, nos Séc. XVII e XVIII, realizou-se uma conferência proferida pelo Professor Rui Vieira Nery, no Barrão da Casa de Mateus, com o título “Diálogos de culturas nas músicas antigas luso-brasileiras”.

2017

A segunda etapa do ciclo de concertos “Caminhos de Mateus – Aldeias com Vida” ocorreu em Junho de 2017 com mais programas dedicados aos caminhos percorridos pela música no século XVIII: sendo dois dedicados aos repertórios do tempo do 4º Morgado de Mateus, D. Luis António de Sousa Botelho Mourão (1722 – 1798), governador da capitania de São Paulo no Brasil entre 1765 e 1774, assim como uma homenagem ao grande trabalho realizado por seu filho e 5º Morgado de Mateus, D. José Maria de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos (1758 – 1825), responsável pela edição monumental em 1817 de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões. 

No mês de Setembro, o Professor João Paulo Janeiro realizou, na Capela e Barrão da Casa de Mateus, o início do trabalho de gravação de música para editar um CD inteiramente dedicado a Johann Ernst Galliard, compositor alemão activo em Inglaterra na primeira metade do século dezoito. O repertório será a integral das 6 sonatas para flauta de bisel e baixo contínuo e as 6 sonatas para fagote e baixo continuo que complementam as primeiras sob o ponto de vista estilístico-conceptual. A gravação será feita pela United Studios Multimedia Collective para a MAACedita e a distribuição espera-se que venha a ser feita pela Harmonia Mundi. Apesar de extraordinário, este repertório não tem qualquer registo em CD com instrumentos originais. Algumas das sonatas foram mesmo apresentadas em primeira audição moderna pelos músicos deste projecto, que são: Filipa Oliveira, flauta de bisel, Hugues Kesteman, fagote, Remi Kesteman, violoncelo barroco, João Janeiro, cravo.

No ano de 2017, Dagoberto Linhares e os alunos finalistas do conservatório de Lausanne, realizaram o concerto final no dia 28 de Outubro, com o seguinte reportório: Nelson Javet e Tiago Almeida – A. Piazzolla Los paraguas de Buenos Aires Lo que vendra; Lorenzo Reggiani – D. Aguado Introduction et rondo A. Lauro Seis por derecho; Dagoberto Linhares, Johan Smith e Lorenzo Reggiani – Anon El cant dels ocels Piazzolla Ave Maria; e Johan Smith – P. Bellinati cadenza – contatos J.k. Mertz Concertino A. Piazzolla Loving Fear.

 

Música - Festival

Em 1985 organizou-se o primeiro Festival de Música de Vila Real que durante vários anos foi principalmente orientado para a área da música barroca, seguindo-se alguns anos em que o canto foi a área privilegiada e, desde 1993, abrindo-se ao Jazz e a outros estilos musicais.

Durante estes anos passaram por Mateus para leccionar ou para dar concertos músicos como:

Adriano Jordão, Alberto Lisy, Ana Higueras, Ana Mafalda Leite de Castro, Ana Sofia Varela, Anda Petrovici, Andreas Haefliger, Anner Bylsma, Archibudelli, Aurelian Octav Popa, Bernardo Sasseti, Bob van Asperan, Boris Martinovic, Bruce Dickey, Carlos Barreto, Carlos Bica, Carlos Paredes, Carlos Zel, Casals Ensemble, Charles Toet, Cláudio Dauelsberg, Coro Henry Duparc, Dagoberto Linhares, Dalton Baldwin, Dame Moura Limpany, Daniel Humair, Daniel Kientzy, David Reichenberg, Denis Leloup, Eduardo Lopez Banzo, Edward Tarr, Elena Obraztsova, Elvira Ferreira, Ensemble Baroque de Mateus, Ensemble La Primavera, Ensemble Labyrinto, Ensemble Maurice Bourge, Ensemble Musa Ludens, Eric Schneider, Fillipo Gamba, Glen Wilson, Gustav Leonhardt, Helena Moreira de Sá e Costa, Henri Sigfridsson, Hidemi Susuki, Horia Andreescu, Huelgas Ensemble, II Seminário Musicale, Ileana Cotrubas, Isabel Penagos, Jacques Ogg, Jakob Lindberg, Jean Pierre Robert, Jennifer Smith, João Bosco, Jörg Demus, José Oliveira Lopes, Julia Hamari, Katia Guerreiro, Ketil Haugsand, Kiki Kashiwagi, Ku Ebbinge, Laurence Dreyfus, Lella Cuberli, Les Arts Florissants, Les Saqueboutiers de Toulouse, Liliana Bizineche, Lola Rodriguez de Aragon, London Oboe Band, Lorenzo Coppola, Lorraine Nubar, Marc Destrubé, Maria Ana Bobone, Maria João Pires, Maria João, Marie Leonhardt, Marin Cazacu, Mário Laginha, Marius van Altena, Marta Almazano, Mary Elizabeth Williams, Matthias Goerne, Max van Egmond, Metais de Lisboa, Michel Portal, Michel Rudy, Mozarteum de Salzburg, Nicolae Licaret, Norma Winstone, Opus Ensemble, Orquestra “Bucharest Virtuosi”, Orquestra Barroca da União Europeia, Orquestra de Balalaicas de Moscovo, Orquestra de Câmara de Macau, Orquestra do Algarve, Orquestra do Norte, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Jovem da Sinfónica da Galiza, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Musica Antiqua, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Nova Filarmonia Portuguesa, Orquestra Sinfónica da Galiza, Pablo Escande, Paolo Pandolfo, Patrice Boulanger, Patricia Chitti, Pedro Abrunhosa, Pedro Burmester, Peter Schreier, Peter van Heyghen, Phillipe Suzanne, Quatuor Parisii, Raphaële Farman, Ricardo Cruz,  Robert Shaw, Robert Wooley, Roël Dieltens, Sandor Vegh, Sérgio Pelágio, Shubhendra Rao, Silvia Marcovici, Sixun, Solistas de Câmara Austríacos, Stephan Genz, Teresa Berganza, Teunis van der Zwart, Ton Koopman, Trio D’Corda, Vladimir Viardo, Yutaro Nagao, Zool Fleischer e tantos outros que ajudaram a tornar conhecida nos meios musicais internacionais esta Casa que é, hoje em dia, uma referência obrigatória nos circuitos mundiais da música.

Entre 1995 e 1999 com o apoio do subprograma C do Pronorte, e desde o ano 2000 com o apoio do programa Operação Norte, medida 1.4, alargou-se significativamente a acção da Fundação institucionalizando-se o Festival “Música na Região Norte” enquadrado nos Encontros de Música da Casa de Mateus que incluem para além do Festival cursos de Música e conferências sobre temas musicais.

O número de concertos aumentou passando para cerca de 40 todos os anos, de grande qualidade artística, devido à generosidade de várias instituições que reconheceram a importância do projecto, o que permitiu a este Festival afirmar-se como um dos maiores portugueses e um dos importantes na Europa.

(Em 1995 houve 24 concertos, em 1996, 33; em 1997, 43; em 1998, 43; em 1999, 52; em 2000, 50; em 2001, 43; em 2002, 45; em 2003, 38; em 2004, 39; em 2005, 30)

O Festival “Música na Região Norte” abrange toda a região norte.  Em 1999 e 2000 organizaram-se também concertos na Coruña. Em Portugal foram visitados os seguintes concelhos:

  • Alfândega da Fé, Alijó, Amarante, Armamar, Boticas, Bragança, Carrazedo de Montenegro, Chaves, Felgueiras, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Lousada, Macedo de Cavaleiros, Maia, Mesão Frio, Mirandela, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Pêso da Régua, Porto, Resende, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo, Valpaços, Vila Flor, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Vinhais, e, nestes concelhos, com o apoio determinado e muitas vezes entusiástico das autarquias, tentámos também contribuir para a promoção do património arquitectónico e paisagístico local organizando os concertos em locais emblemáticos da região.

 

Prémios Literários

A Fundação da Casa de Mateus criou dois Prémios Literários:

  • O Prémio Morgado de Mateus, de consagração para escritores de língua portuguesa, que foi atribuído uma única vez em 1980, tendo sido laureados pelo Júri, ex-aequo os poetas Carlos Drummond de Andrade e Miguel Torga e,
  • O Prémio D. Diniz criado em 1980, que tem sido atribuído anualmente, desde 1981, a livros publicados no ano anterior tendo sido laureados desde essa altura: Augustina Bessa Luís, Almeida Faria, Pedro Tâmen, Sophia de Mello Breyner Andresen, Maria Velho da Costa, Gabriela Llansol, Mário de Carvalho, Fernando Namora, Camilo José Cela, José Saramago, Nuno Júdice, M. S. Lourenço, Vergílio Ferreira, Fernando Guimarães, David Mourão Ferreira, José Bento, Eugénio de Andrade, Luisa Costa Gomes, Joaquim Manuel Magalhães, Luís Filipe de Castro Mendes, Eduardo Lourenço, Fiama Hasse Pais Brandão, José Cardoso Pires, Lídia Jorge, António Lobo Antunes, Gastão Cruz, Hélia Correia, Marcello Duarte Mathias, António Franco Alexandre, Frederico Lourenço, Manuel Gusmão, António Manuel Pires Cabral, Fernando Echevarria, Manuel Alegre, Vítor Aguiar e Silva, Rui Ramos, Bernardo de Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro, João Barrento e Maria Teresa Horta.

Em 2012, apesar de a Inspecção Geral de Finanças, no ranking que fez na sequência do censo das Fundações, ter colocado em primeiro lugar a Fundação da Casa de Mateus no que respeita à relevância da sua missão, à sustentabilidade da sua organização, e à eficiência da sua gestão, o Governo decidiu cortar a totalidade dos apoios à nossa actividade, o que, na prática, se traduziu no corte do patrocínio ao Prémio D. Diniz.

Essa decisão significa que este Governo não considera relevante esse Prémio, ao contrário de outros que mantiveram os apoios, e que a nossa actividade, descentralizada e autónoma, não se enquadra na sua política cultural.

Sendo assim, decidimos encerrar este ciclo com uma nova edição do Prémio Morgado de Mateus, prémio de consagração pela obra literária de um autor, e que só foi atribuído uma vez, em 1980, ex-aequo, a Miguel Torga e a Carlos Drummond de Andrade.

Convidámos Eduardo Lourenço para presidir ao júri e Vítor Manuel Aguiar e Silva e Nuno Júdice para o completarem. Decidiu o júri, por unanimidade, atribuir o prémio a Vasco Graça Moura. Na sessão solene de entrega do prémio esteve presente o Secretário de Estado da Cultura.

Após um interregno de 5 anos a Fundação retomou, em 2017, a atribuição do prémio D. Diniz, novamente com o apoio do Ministério da Cultura. O júri é agora constituído por Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral e Pedro Mexia.  O Prémio foi atribuído, por unanimidade, a Mário Cláudio pelo seu livro “Astronomia”, da editora D. Quixote. No sábado dia 30 de Setembro realizou-se a sessão solene de entrega presidida por Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa. Nesta ocasião, a fadista Kátia Guerreiro ofereceu um concerto de homenagem a Vasco Graça Moura (1942-2014), colaborador incansável da Fundação e presidente do júri do Prémio D. Dinis desde a sua instituição, em 1980, até 2012.

 

Artes Plásticas

A Fundação da Casa de Mateus organiza, com regularidade exposições de artes plásticas.

1978

Aspectos da Arte em Portugal no século XVIII

Tapeçarias e Litografias Contemporâneas Francesas

1981

Exposição retrospectiva do escultor João Cutileiro (em Maio) e do pintor Nuno Siqueira (em Outubro)

Exposição comemorativa do Iº centenário do nascimento de  Stuart Carvalhais (Setembro/Outubro)

1982

Gravuras de Lars Bo

Nova Escultura em Pedra

O Ballet Gulbenkian na fotografia a cores de João Menéres

1983

Justino Alves

Emília Nadal

1984

Vasco Futcher Pereira

Marta Teles

Facsimiles de Gravuras e desenhos do museu Albertina

1986

Coca

1987

João Cutileiro, Margarida Lagarto e Frederico Georges

1988

Ricardo Cruz Filipe e exposição de livros e objectos pertencentes a Vitorino Nemésio,

1991

Nikias Skapinakis

1992

Manuel Costa Cabral

1995

Exposição de homenagem a Bela Bartok, nos 50 anos da sua morte, de gravuras de 20 pintores húngaros

1996

Exposição de pintura e desenho de Júlio Resende

1999

Luís Pinto Coelho

2000

Júlio Pomar

2003

Graça Morais

Nas artes plásticas procurou-se mostrar em Mateus alguns dos significativos artistas portugueses de pintura e escultura, como João Cutileiro, Nikias Skapinakis, Nuno Siqueira, Justino Alves, Margarida Lagarto, Graça Costa Cabral, Frederico George, Emília Nadal, Stuart Carvalhais, Vasco Futcher Pereira, Martha Teles, Manuel Costa Cabral, Jorge Martins, Júlio Resende, Luís Pinto Coelho, Júlio Pomar, Graça Morais uma colectiva de serigrafia, uma colectiva de escultores, tendo-se ainda organizado exposições de gravura, desenho, fotografia e tapeçaria dos mais diversos artistas e das mais diversas nacionalidades.

2007

O Senhor Presidente da República inaugurou uma exposição de fotografia de Ana Paganini.

2010

O Senhor Presidente da Comissão Europeia inaugurou uma exposição de pintura de Jorge Martins.

2013

Recebemos o artista plástico brasileiro Tuti Minervino para uma residência em que preparou uma exposição “Portugando”.

Também durante este ano de 2013, a Fundação colaborou na preparação da exposição “Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber”, que estará patente no Museu Afro-Brasil, São Paulo, entre 24 de Janeiro e 25 de Março de 2014.

Para esta exposição, a Fundação cedeu temporariamente várias peças museológicas e arquivísticas pertencentes a D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, 4.º Morgado de Mateus, Governador e Capitão General de São Paulo entre 1765 e 1775, destacando-se o seu retrato de corpo inteiro, os mapas das batalhas travadas em 1755 e diversa cartografia de São Paulo. Para a ocasião foi também lançada no Brasil,  pela Lavradores de Feitoria, uma edição especial do vinho com o nome de D. Luis António, cujo rótulo é a reprodução do quadro.

No primeiro dia de Dezembro foi inaugurada, no Barrão, uma exposição de artes plásticas - “Silhueta Feminina do Douro” – Arte, Erotismo e Douro.

A exposição contou com artistas convidados de países e continentes, estando a curadoria e organização a cargo de António Franchini (Artista Plástico / Curador / Galerista e Membro da Anap – Associação Nacional Artistas Plásticos), reconhecido por inúmeras actividades de âmbito artístico /cultural em Portugal e no estrangeiro.

Artistas convidados: Roberto Chichorro (Moçambique), Gracinda Candeias (Angola), Maryan van der Zwaan (Holanda), Isabel Pintado (Espanha), Ramón Conde (Espanha), Sidonie Bergot (França), Izabel Melo (Brasil), Ana Monteiro (Portugal), Isabel Mourão (Portugal), Chi Pardelinha (Portugal), Henrique Vaz Duarte (Portugal), Manuela Mendes da Silva (Portugal), Isabel Saraiva (Portugal), Alice Piloto (Portugal), Emanuel Bessa Monteiro (Portugal) e António Franchini (Portugal). A exposição esteve aberta ao público durante o mês Dezembro. 

 

Artes do Espectáculo

Em 1978 a Fundação promoveu a vinda do Ballet Gulbenkian a Vila Real.

Em 1981 promoveu-se um Atelier (workshop) de Teatro para estudo e interpretação da obra de D. Francisco Manuel de Melo “O Fidalgo Aprendiz” com os professores Michael McCallien, Adolfo Gutkin, Ricardo Pais, Paula Massano.

Em 1987 foi organizado outro Atelier (workshop) de Teatro em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian e o British Council dirigido pelo grupo inglês Welfare State International

Workshop de teatro de Polina Klimovitskaya

 

Poetas em Mateus

Em 1990 a Fundação da Casa de Mateus foi membro-fundador da Rede Europeia de Centros de Tradução de Poesia Viva – com a Fondation Royaumont em França e o Tyrone Guthrie Center, na Irlanda – cujo objectivo é promover a tradução de poetas vivos, na sua presença, por um conjunto de outros poetas quando necessário com a ajuda de intérpretes. Da tradução resulta a criação de um novo poema feito colectivamente. No final realiza-se uma sessão pública de leitura dos poemas, na língua original e na tradução.

O primeiro seminário de tradução colectiva de poesia, sob a direcção de Pedro Tâmen, teve o apoio do IPPL e a colaboração das Fundações de Serralves e Luso-Americana, onde se realizaram leituras públicas.

Graças a estes Seminários de Tradução de Poesia, entre 1990 e 2005, foram traduzidos em Mateus mais de 60 poetas de 33 nacionalidades diferentes, estando já publicados 40 livros que foram resultado desse trabalho.

Em 2006 a Fundação da Casa de Mateus acolheu dois Seminários de Tradução Colectiva de Poesia Viva em que foram traduzidos, em Junho, os poetas marroquinos Mohammed Bennis e Hassan Najmi e, em Outubro, os poetas cipriotas Georgios Kalozois e Evridiki Papadopolou.

Em 2007 realizaram-se mais dois Seminários de Tradução Colectiva de Poesia Viva em que foram traduzidos os poetas irlandeses Enda Wiley e Pat Biran, em Julho, e os georgianos Maia Sarishvili e Shota Iatashvili, em Setembro.

Em 2008 foram promovidos dois Seminário de Tradução Colectiva de Poesia Viva. O primeiro realizou-se em Abril e Maio e foi dedicado aos poetas russos Alexei Tsvetkov e Alexandra Petrova. O segundo decorreu no mês de Setembro e traduziram-se os búlgaros Boiko Lambovski e Gueorgui Constantinov. Ficaram, deste modo, traduzidos até 2008, 76 poetas de 38 nacionalidades diferentes.

Em 2009 realizaram-se dois Seminários de Tradução Colectiva de Poesia Viva. Entre 28 e 31 de Maio foram traduzidos os poetas Amália Bautista, da Catalunha, e Philippe Delaveau, de França; e entre 11 e 15 de Setembro, Alain Lance, de França, e Richard Pietrass, da Alemanha.

Em 2010 foram promovidos dois Seminários de Tradução Colectiva de Poesia Viva em que foram traduzidos, em Setembro, as poetas italianas Antonella Anneda e Donatella Bisutti, e em Outubro a poeta Maria Grazia Calandrone, também italiana.

Ficaram, deste modo, traduzidos até 2010, 84 poetas de 39 nacionalidades diferentes.

 

Redes

Para além de membro-fundador da Rede Europeia de Centros de Tradução de Poesia Viva a Fundação é também membro-fundador da Rede Europeia de Centros Culturais localizados em Monumentos Históricos. Pertence desde 1997 à Rede Mundial de Residências de Artistas (RES ARTIS).

 

Residência de Artistas

É uma importante infra-estrutura de apoio à actividades da Fundação da Casa de Mateus. É também um local dedicado à criatividade onde artistas de diferentes horizontes e especialidades podem encontrar, longe dos grandes centres urbanos, um ambiente propício ao trabalho e à reflexão.

 

Obras

A Fundação da Casa de Mateus foi instituída para oferecer um enquadramente institucional que ajudasse a garantir a preservação da Casa, dos seus anexos e dos jardins. Com efeito, um Casa antiga, com as características da Casa de Mateus exige, em permanência, obras de manutenção e frequentemente de restauro, preocupação patente desde a criação da Fundação nos relatórios de actividades dos quais se extraem as seguintes referências:

1973

Verificou-se a necessidade de substituição das armações de cobertura na destilaria e no alpendre ao norte da cozinha e refeitório do pessoal, mas não se efectuaram obras por não ter sido obtida uma comparticipação do Estado.

1974

A conjunctura económica e política não permitiu a obtenção do subsídio para as obras previstas.

Apenas se procedeu a pequenas reparações nos edifícios especialmente no Palácio, nomeadamente na porta de entrada do lado poente e de todo o telhado.

Mantém-se a necessidade de substituição das armações de cobertura na destilaria e no alpendre ao norte da cozinha e refeitório do pessoal. Tanto num como noutro caso já se retirou grande parte da telha para aliviar as armações.

1975

Não foi possível ainda este ano proceder à obras dos alpendres que se encontram já sem telha e em precárias condições de segurança.

1976

Ainda não foi possível proceder às obras de melhoramento e restauro da Casa. Diligências efectuadas junto das entidades oficiais e particulares fazem-nos esperar que finalmente sejam concedidos os subsídios necessários.

1978

Não se concretizaram as promessas de subsídios oficiais para as obras de conservação e restauro devido à instabilidade política e queda sucessiva de três governos.

1979

Para evitar mais estragos foi decidido com os responsáveis do Ministério das Obras Públicas escorar as paredes que mais perigo e ruína apresentavam.

1980

Procedeu-se à consolidação da parede poente da ala sul bem como da parede sul e cobertura da mesma ala. Efectuou-se a remodelação da parte eléctrica das salas da ala Sul que constituía um risco iminente para o imóvel.

1981

Apesar das reduções orçamentais foi possível realizar obras na ala norte a poente da Biblioteca (e incluindo esta) de consolidação das paredes e reparação e substituição da cobertura com subsídios da Secretaria de Estado das Obras Públicas através da DGMN

1982

As reduções orçamentais só permitiram a conclusão dos trabalhos na ala norte a remodelação da instalação eléctrica da ala norte e da sala de entrada.

1983

Não se realizaram as obras de conservação e restauro orçamentadas correspondentes a verbas do Ministério das Obras Públicas atribuídas pela DGMN.

Obras de restauro da Sacristia (construção civil) e na dependência onde se espera vir a colocar o Arquivo da Casa. Obras destinadas a permitir o regular funcionamento dos seminários e cursos. Foram feitas obras de melhoramentos no 1º piso da ala norte, parte poente, e ainda na antiga “copa” que se adaptou a sala de Jantar.

Obras no Arquivo pequena área de apoio aos estudantes e congressistas início da construção de uma zona de chá e café.

1984

As grandes obras de conservação indispensáveis à preservação da Casa não foram realizadas por não terem sido conseguidos fundos do OGE para esse fim. No entanto como o IPC e a DGMN prometeram apoio para a continuação das obras, a atribuir em 1985, procedeu-se às seguintes obras: acabamento da sala do arquivo, com colocação de placa ao nível do 1º piso, tornando assim incombustível essa parte da Casa, construção de uma pequena área de apoio aos estudantes e congressistas e também aos visitantes, o início da construção de uma zona de chá e café em que colocámos também a placa no 1º piso, para a estabilização, insonorização e incombustibilidade, o arranjo da primeira sala do rés do chão da ala norte e os dois quartos dessa ala na parte nascente e o início da remodelação da instalação eléctrica dessa zona.

1985

Prosseguiram-se as obras de conservação com verbas da DGMN que se destinaram a substituir a parte de cobertura que ainda não tinha sido remodelada assim como a consolidação, limpeza reboco e pintura das paredes nascente do pátio interior, da fachada principal e da ala norte (entre a biblioteca e a capela). Reboco e pintura das paredes dos quartos da ala nascente e quartos da ala norte, recuperação do sótão, limpeza e tratamento das madeiras e substituição da instalação eléctrica, esta com verbas do IPC.

Falta a consolidação dos tratamentos das paredes norte da ala sul e respectivos tratamento das paredes da ala das salas, a estabilização do imóvel ao nível do primeiro piso sobretudo na parte mais visitada e utilizada da casa – salão de entrada, biblioteca e salas da ala sul – cuja vibração põe em risco a segurança da casa, a reparação da cobertura da capela e das suas paredes exteriores e, finalmente, a colocação da laje de cobertura nas duas únicas salas da casa em que ainda não foi feito.

Falta também todo o equipamento de alarme contra roubo e incêndio e concluir as obras de recuperação do rés-do-chão da casa. As obras na zona de chá e café estão praticamente concluídas e em parte equipadas.

1986

Prosseguiram-se as obras iniciadas em 1985 e iniciaram-se as obras de recuperação da capela com um subsídio da DGMN. Iniciaram-se obras de recuperação das salas do rés do chão.

1987

Prosseguiram-se as obras com o apoio do IPPC no montante que se destinou a acabar a cobertura, ao reboco e à pintura do interior da Capela e ainda à reparação de parte da cobertura do armazém. Acabaram-se com verbas próprias as obras iniciadas no rés-do-chão e continuou-se as do sótão.

1988

Com um apoio do IPPC concluíram-se as obras no interior da Capela e Sacristia, faltando apenas a reparação das madeiras da Capela Mor. Colocou-se a placa de piso e iniciou-se o levantamento das paredes do 1º andar do Armazém, substituiu-se a cobertura do Armazém e Barrão, faltando apenas a colocação da telha, iniciaram-se as obras de recuperação do alpendre da parte nascente e de construção de uma fossa séptica para resolver os problemas de saneamento que a maior ocupação da Casa levanta.

Iniciou-se o Restauro do órgão da Capela com o patrocínio da Solubema, Sociedade Luso-belga de mármores, SA.

1989

Iniciou-se a pintura do exterior da Capela e torre, terminou-se o levantamento das paredes na obra iniciada no armazém e terminou-se a obra de recuperação do alpendre da parte nascente. Iniciou-se a obra de recuperação do lagar de azeite.

Concluiu-se o Restauro do órgão da Capela com o patrocínio da Solubema, Sociedade Luso-belga de mármores, SA.

1990

Concluiu-se sem o apoio do IPPC a pintura da Capela e torre iniciada em 1989, continuou-se a obra no armazém e iniciou-se a recuperação do alpendre do lado norte e da “cozinha velha”.

1991

Protocolo com a SEC por 3 anos abrangendo obras de conservação e instalação de um sistema de alarme.

Assim prosseguiram-se as obras de recuperação do armazém estando já em fase de acabamento a obra nos quartos novos e em estado adiantado a casa de banho dos turistas, faltando apenas colocar o beirado e a telha no telhado da parte norte.

Completaram-se as oras nos alpendres norte e nascente, reparou-se o telhado da cozinha velha e concluíram-se as obras de recuperação do barrão, faltando apenas a instalação eléctrica

Iniciou-se a instalação de um sistema de detecção e alarme para fogo e roubo.

Instalou-se um sistema de rega automática dos jardins.

1992

Prosseguiu-se a obra de recuperação do armazém com colocação do telhado na parte norte.

Recuperou-se para alpendres fechados as antigas coelheiras e galinheiros e iniciou-se a remodelação dos actuais escritórios.

Continuou-se a instalação de um sistema de detecção e alarme para fogo e roubo.

1993

Revisão do protocolo de 1991 com a SEC que aumentou substancialmente as verbas disponíveis para obras e equipamento.

Conseguiu-se assim fazer o reboco e pintura do armazém bem como da galeria interior e instalação eléctrica e praticamente ficaram acabadas as obras nas casas de banho dos visitantes bem como nos quartos novos.

Foi desmontado e remontado, depois de consolidada, o tecto da última sala do museu, tendo-se se procedido à retirada das escoras que ainda aí permaneciam obrigando os tectos a um esforço para o qual não estavam preparados.

Procedeu-se à remodelação dos antigos escritórios com colocação de tectos novos, reboco e pintura de paredes, electrificação nova e picagem do chão para pôr à vista as antigas lajes.

Finalizou-se a instalação do sistema de detecção e alarme de fogo e roubo, faltando ainda instalar o sistema de vídeo que completará o sistema de segurança.

Finalizou-se o sistema de rega automática; Automatizou-se o portão de entrada junto ao armazém; Procedeu-se à pintura das janelas de toda a Casa e Prosseguiu a obra de recuperação da cozinha velha.

Fizeram-se obras de recuperação de praticamente todos os tanques que envolvem a Casa, automatizou-se a sua limpeza e impermeabilizaram-se.

Abriu-se um poço para assegurar o abastecimento de água à Casa e jardins no período de maior ocupação e adquiriu-se o respectivo sistema de bombagem.

Adquiriu-se equipamento informático, móveis e outros equipamentos para melhorar a recepção de convidados.

Desenvolveu-se o projecto de recuperação do Lagar de Azeite e destilaria, cujas obras estavam suspensas desde 1989, e que se prevê retomar em 1994 com o apoio da SEC.

1994

Com a primeira tranche proveniente do protocolo com a Secretaria de Estado da Cultura de 1993, prosseguiu-se a obra no Lagar de Azeite e Destilaria.

Finalizou-se a instalação do sistema de detecção e alarme de fogo e roubo, tendo-se já iniciado a instalação do sistema de vídeo.

Procedeu-se à pintura das portas e portadas da Casa faltando apenas as portadas do Armazém e as portas do Barrão.

Continuou-se a obra de recuperação da Cozinha Velha.

Concluíram-se as obras na casa de banho dos visitantes bem como dos quartos novos. Adquiriu-se o equipamento e mobiliário necessário.

Remodelou-se a casa de chá e bar.

1995

Com a segunda tranche proveniente do protocolo com a Secretaria de Estado da Cultura de 1993, prosseguiu-se a obra no Lagar de Azeite e Destilaria.

Concluiu-se a obra nos 3 quartos da Cozinha Velha.

Procedeu-se à reparação das pinturas exteriores da Casa e anexos. O espelho de água foi reparado na medida do possível, embora necessite de uma obra de restauro de fundo. Fez-se uma reparação geral dos tectos da Casa. Substituiu-se a instalação eléctrica nos quartos do rés-do-chão e garagem. Procedeu-se à reparação das condutas de abastecimento de água e a obra nos alpendres anexos.

Promoveu-se a elaboração de um estudo técnico assumido pela DGMN e a realizar pelo Eng.º John Appleton do LNEC sobre as medidas de intervenção mais adequadas para resolver os problemas aparentemente causados pela estrutura de betão armado que foi colocada aquando da remodelação dos telhados em 1985.

1996

Ficou praticamente pronto o espaço debaixo dos quartos do Armazém bem como a antiga oficina junto à cozinha velha.

Continuação das reparações do espelho de água embora não se tenha ainda conseguido impermeabilizar.

Continuação das obras na entrada dos quartos do Armazém.

No que se refere aos problemas estruturais da Casa (consolidação das paredes), o LNEC entregou o relatório do Eng.º John Appleton à DGMN.

As obras de recuperação do Lagar de Azeite não foram retomadas pois só em 13 de Dezembro foi aprovado o projecto pelo Prodouro para a primeira fase de reconstrução.

1997

Concluiu-se a obra no espaço debaixo dos quartos do armazém bem como na Cozinha Velha.

Procedeu-se à reparação geral das portas exteriores de toda a Casa e à reparação de um dos alpendres. Substituiu-se parte das tubagens existentes e procedeu-se à pintura das áreas mais degradadas.

Reiniciou-se a obra de recuperação do antigo Lagar de Azeite e Destilaria para funcionar como Residência de Artistas o que só foi possível com a aprovação do projecto pelo PRODOURO uma comparticipação do FEDER de 75%.

No que se refere aos problemas estruturais da Casa a DGMN, em face do relatório do LNEC adjudicou o estudo das medidas a tomar a uma empresa que já entregou à DGMN o relatório com as orientações e obras a realizar.

1998

Concluíram-se as obras de reconversão do Lagar de Azeite e Destilaria para funcionar como Residência de Artistas.

No que se refere aos problemas estruturais da Casa a DGMN informou que será necessário substituir a totalidade da cobertura cuja estrutura de betão armado é demasiado pesada para as paredes da Casa.

Efectuaram-se contactos no sentido de se vir a adquirir a Quinta do Pinheiro de São João, integrada nos terrenos que pertencem a esta Fundação.

1999

Concluíram-se as obras de entrada dos quartos do r/c, a entrada dos quartos do armazém e a entrada do sótão, o conjunto da cozinha velha foi melhorado, o espelho de água e tanque foram reparados, iniciou-se a substituição da tubagem de abastecimento de água à Casa e jardins, iniciou-se o processo de abastecimento de gás à Casa e anexos, de forma a reduzir os custos com energia, e fizeram-se as reparações indispensáveis nas salas de trabalho que se foram disponibilizando aos alunos e professores dos cursos.

Assinou-se o contrato de promessa de compra e venda referente à Quinta de São João.

2000

Continuou-se a reparação do espelho de água. Iniciou-se a obra na lavandaria, foram substituídas as portas e janelas da cozinha velha tornando este espaço mais apropriado para salas de trabalho e foi-se procedendo às reparações indispensáveis nos locais de trabalho.

Iniciaram-se os trabalhos projectados pela DGMN com a consolidação das vigas por baixo da Biblioteca.

2001

Reparação de muros que caíram devidos às fortes chuvadas de Inverno.

Concluiu-se a obra na lavandaria.

A DGMN adjudicou a obra de consolidação das paredes e revisão do telhado tendo os trabalhos iniciado em Setembro com a sua conclusão prevista em Junho de 2002.

2002

Ficaram praticamente terminadas as obras adjudicadas pela DGMN faltando apenas terminar o telhado do salão e rever o trabalho feito no espelho de água. Ficaram assim consolidadas as paredes da Casa, limpos e reparados os telhados, rebocadas e pintadas as paredes e fez-se uma intervenção de fundo no espelho de água que se espera passe a reter a água.

2003

Concluíram-se as obras adjudicadas pela DGMN embora se tenha ainda que finalizar o espelho de água que continua a verter água.

2004

Continua por assegurar a estanquicidade do espelho de água, estando o assunto a ser acompanhado pela DGMN.

2006

Foi aberto um novo posto de vendas, na Adega.

2007

Apesar dos esforços feitos não foi possível assegurar a estanquicidade do espelho de água. Facto que foi comunicado à Delegação Regional de Cultura.

2008

Manteve-se a falta de estanquicidade do espelho de água, facto que tem sido continuamente comunicado à Direcção Regional de Cultura, a fim de accionarem a garantia do empreiteiro que não tem dado assistência à obra. Por isso recusou-se por duas vezes a recepção definitiva da obra.

Verificou-se que a viga principal do soalho da biblioteca ameaçava ruir, pelo que foram encerradas as visitas às áreas em risco e foi pedido apoio à Delegação da Cultura que accionou o protocolo com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto que preconizaram uma intervenção.

2009

Reparação da viga principal de suporte do soalho da biblioteca, com o apoio técnico dos serviços do Ministério da Cultura.

Pedido de apoio aos serviços do Ministério da Cultura para avaliar uma das vigas de suporte do soalho do salão de entrada que ameaça quebrar.

Acordo com o fornecedor do equipamento de aquecimento central para a sua reparação.

A situação do espelho de água permanece por resolver, esperando que o Ministério da Cultura obrigue o empreiteiro a finalizar a obra.

2010

A situação do espelho de água permanece igual.

O aquecimento central continua sem funcionar, não tendo sido possível conseguir até agora que o empreiteiro finalize os trabalhos.

Concretização do projecto de mecanização do espaço do Arquivo tendo, assim, aumentado significativamente o espaço de armazenagem e as condições de trabalho, para além da maior segurança dos documentos.

2011

Continua por resolver o problema da viga de suporte do soalho do salão de entrada que está em risco de abater, pois não tem sido possível conseguir o apoio técnico da entidade responsável que depende da Secretaria de estado da Cultura.

Continua também por resolver o problema de estanquicidade do espelho de água.

O aquecimento central continua sem funcionar no que respeita aos painéis solares, parecendo que temos de adoptar outra solução, que admitimos ser com uma caldeira de biomassas para o que fizemos as necessárias reservas.

Recuperação do alpendre da nitreira, passando a dispor de um espaço para arrumação das máquinas e alfaias agrícolas.

Aquisição de um sistema de painéis fotovoltaicos que permitirá reduzir substancialmente as despesas com electricidade.

2012

Recuperação do telhado das pocilgas.

Avaliação do estado da viga de suporte do soalho do salão de entrada pelos serviços da Direcção Regional de Cultura.

2013

No final do ano de 2013 procedemos à obra de reparação do tecto da cavalariça, em conformidade com o parecer da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, feito a pedido da Direcção Regional de Cultura, que acompanhou e fiscalizou a obra.

Durante o ano implementámos o projecto de reconstrução das vinhas candidatado ao VITIS.

2014

Conclusão do projecto da cozinha, que nos permitirá adaptar a cozinha actual a espaço museológico integrando a visita geral à Casa.

Iniciámos o projecto de melhoria da atual portaria, que nos permitirá receber com mais dignidade e eficácia os que nos visitam.

No que se refere ao projecto de recuperação da Quinta de São João, onde esperamos instalar um centro de apoio à investigação, em parceria com as Universidades de Trás os Montes, Minho e Porto e que esperamos vir a candidatar ao CREN, aumentámos este ano as reservas que já tínhamos começado a constituir em 2013.

Também com o apoio técnico da Direção Regional da Cultura, iniciámos o processo de recuperação da escadaria nascente do pátio interior, que esperamos vir a concluir no início da Primavera de 2015.

Esperamos ainda adquirir um sistema de painéis fotovoltaicos para o nosso consumo de energia, vindo, assim, a diminuir significativamente a nossa factura energética.

Procedemos ainda ao reforço do nosso sistema de segurança, aumentando para o dobro o número de câmaras de vigilância, bem como o sistema de monitorização.

Procedemos a uma grande reparação dos cravos que nos pertencem e assegurámos um acordo para a sua manutenção para os anos que se seguem.

2015

Reconversão da parcela de vinha de uva de mesa

Também finalizámos o projecto da nossa cozinha, que nos permitirá adaptar a cozinha actual a espaço museológico integrando a visita geral à Casa.

Iniciámos o projecto de melhoria da atual portaria, que nos permitirá receber com mais dignidade e eficácia os que nos visitam

Foram instalados 48 painéis fotovoltaicos para autoconsumo a 19 de Março de 2015 e desde essa data, até final do ano, 17.5% do consumo total de energia foi obtida por este sistema.

Iniciou-se a construção de uma cozinha nova que corresponderá às necessidades de servir um grande número de refeições e que dará satisfação às atuais normas de higiene e segurança. Permitirá também adaptar a cozinha atual a espaço museológico integrando a visita geral à Casa. A obra estará pronta em Fevereiro de 2016.

Fizeram-se também obras na Copa de forma a tornar mais adequado este espaço à actual funcionalidade.

Concluiu-se o projeto de arquitectura de melhoria da atual portaria, que nos permitirá receber com mais dignidade e eficácia os que nos visitam. A obra terá o seu início em Janeiro de 2016, esperando-se que esteja terminada em fins de Março.

Em 2015 procedemos à reconversão da parcela de vinha de uva de mesa onde será criado um mostruário de castas tintas autóctones da Região Demarcada do Douro à semelhança do que já temos referente às castas brancas.

Com o apoio técnico da Direção Regional da Cultura, procedeu-se à análise da patologia e  à escolha do empreiteiro para a recuperação da escadaria nascente do pátio interior. Esperamos ter a obra concluída em Abril de 2016.

2016

Escadaria nascente

Conforme estava previsto, com o apoio técnico da Direção Regional da Cultura, procedeu-se à reparação da escadaria nascente do pátio interior.

A obra decorreu entre 4 e 15 de Julho de 2016, tendo incluído as seguintes tarefas:

1 – Limpeza das superfícies

Procedeu-se à limpeza dos lanços e patamares da escadaria mediante lavagem com água e detergente neutro, com escovagem com escovas macias, para promover o destaque de sujidades, matérias orgânicas, musgos e outros fungos presentes nas cantarias.

2 – Abertura e limpeza das juntas

Compreendeu a retirada por via manual das argamassas das juntas que se encontravam parcialmente destacadas e fissuradas, e por tal não garantiam a necessária estanquidade. A limpeza das juntas foi realizada por recurso a lavagem e escovagem das arestas das cantarias, para garantia da aderência da nova argamassa de preenchimento. Em paralelo procedeu-se à colocação na posição original de algumas peças que se encontravam fora da sua localização primitiva, mediante prévio alívio dos elementos adjacentes.

3 – Tapamento das juntas das cantarias

Este preenchimento foi efectuado por injecção de um ligante resistente aos sulfatos, à base de cal hidratada coloidal, ligantes pozolânicos e filler classificado, constituindo uma argamassa para consolidação. Procedeu-se à prévia saturação do suporte com água e ao tapamento com argamassa de cal hidratada de qualquer hipótese de fuga do material, bem como à colmatação das juntas das cantarias nas superfícies acessíveis pelo lado inferior. Após amassadura do produto pré-preparado com água, procedeu-se portanto à sua injecção a baixa pressão nos orifícios e à sua deposição nas juntas existentes. Por fim realizou-se a tomação das juntas com argamassa de cal hidráulica e areia média.

4 – Tratamento final

Conferiu-se a protecção final por intermédio da aplicação de um produto hidrófugo nas superfícies das cantarias, para manutenção do resultado do trabalho realizado por um maior período de tempo, retardando o futuro aparecimento e fixação de sujidades, matérias orgânicas e musgos.

Melhoria da atual portaria

Após ter sido concluído o projeto de arquitectura para melhoria da atual portaria teve inicio a execução da obra que se espera estar a funcionar até finais de Fevereiro de 2017.

Construção da nova cozinha

Foi concluída a construção da nova cozinha que veio corresponder às necessidades de servir um grande número de refeições e veio também satisfazer às atuais normas de higiene e segurança. Permitiu adaptar a cozinha antiga a espaço museológico que em meados de Abril de 2017 será integrada na visita geral à Casa.

Colocação de laje de pedra nas entradas do edifico da adega

Foi dado inicio à colocação de laje de pedra nas entradas do edifício da adega por forma a melhorar o acesso pedonal à loja, às casas de banho dos turistas, dos quartos do armazém e à própria adega. Em 2016 apenas foi possível fazer a entrada da loja, mas durante o mês de Fevereiro de 2017 serão terminadas as outras entradas previstas.

Painéis fotovoltaicos

Foram instalados em Abril de 2016 mais 30 painéis fotovoltaicos para autoconsumo a acrescer aos 48 que haviam sido colocados em 2015. Desde esta instalação estão em funcionamento para autoconsumo 78 painéis totais com uma potência instalada de 19.500 Kw o que, em termos médios, significa que cerca de 30% do nosso consumo total de energia elétrica é obtida por este sistema. Esta instalação representa uma redução média anual de emissões de CO2 de 20 toneladas.

2017

Melhoria da atual portaria

Em Maio foi concluída a obra da atual portaria que veio criar melhores condições de receção aos visitantes.

No anexo 14 encontra-se a planta da obra e os alçados para melhor visualização da obra realizada.

O edifício alberga um WC para deficientes, homens e mulheres, além de uma sala de exposição dos produtos da Casa e uma sala para o porteiro para venda de entradas.

Construção de laje de pedra nas entradas do edifico da adega

Em 2016 tinha sido iniciada a obra de colocação de lajes de pedra e uniformização do acesso às entradas do edifício da adega que em Junho de 2017 foi terminada ficando as entradas de acesso ao posto de venda, da entrada das instalações sanitárias de apoio aos turistas, a entrada dos quartos do armazém e de duas portas de entrada na adega concluída.

Instalações sanitárias

Em 2017 foi feita a reabilitação das instalações sanitárias de apoio aos turistas existentes no edifício da adega.

Cozinha antiga

Em 2016 foi terminada a obra de adaptação da cozinha antiga a espaço museológico, ficando a faltar a adaptação da iluminação para esse fim que foi terminado em Maio de 2017.

Obras de manutenção

Durante o mês de Novembro foram feitas reparações, por uma empresa especializada, das pedras existentes nos vãos das portas exteriores, arranjo das pedras das manjedouras que estavam a partir, endireitamento do lajedo do pavimento junto à entrada dos quartos da lenha, reparação das pedras dos corrimões exteriores e dos balaústres das escadarias e sacadas.

Na ausência de resposta ao pedido dirigido à da Direção Regional de Cultura do Norte para que não desse por concluída a obra de impermeabilização, a Fundação viu-se obrigada a dar sequência adjudicando a execução da obra de reparação do espelho de água a outro empreiteiro visto que continuava a haver perdas de água. A obra consiste no tratamento das juntas dos muretes e da base de betão e aplicação de uma resina líquida de impermeabilização da laje e dos muretes. Foi dada uma garantia de 10 anos por parte do empreiteiro. Espera-se que desta vez o problema fique resolvido.

Jardim

Foi feita a renovação de todo o sistema de rega do jardim que se encontrava com inúmeros problemas de funcionamento pondo em causa a sobrevivência do mesmo.

Foram instalados sistemas de rega gota-a-gota por forma a ser feita uma melhor gestão da água que se aplica eliminando os desperdícios. Foi instalado também um sistema de fertirrigação para melhor aplicação de nutrientes.

 

(em actualização – ver. 01.03.2018)