Mateus DOC I

O primeiro seminário Mateus DOC decorreu entre os dias 5 e 7 de Novembro 2010 e articulou-se em torno de quatro sessões em que se discutiram abordagens diferentes do tema proposto : “Adaptação”.

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Sessão n.1 – Adaptação: imperativo natural ou cultural ?
Conduzida por Mathieu Richard e Nuno Amado

A tentação de escapar às limitações inerentes à condição humana (húbris) leva os seres humanos a se superar e a moldar o mundo à sua imagem com todas as ferramentas ao seu alcance. Se a arte permite transcender esta procura individual na criação e atingir o sublime, quando transposta em grande escala para a natureza, o propósito de “adaptar” o mundo ao homem todo poderoso confronta-se inevitavelmente com os limites e os riscos da pretensão do controle absoluto.


Sessão n.2 – Como funciona a adaptação nos actuais sistemas sociais e políticos?
Conduzida por Luís Barroso e Daniela Fonseca

A globalização tem impactos profundos que conduzem a uma perda de autonomia dos estados-nação e obrigam a um reposicionamento geral dos movimentos cívicos, nomeadamente dos sindicatos. Na Europa, a UE vai estendendo a sua influência politica interna ao mesmo tempo em que se afirma cada vez mais como entidade intermédia entre os países da União e o Mundo. Duas tendências que forçam à adaptação dos actuais sistemas sociais e políticos.


Sessão n.3 – Faz a adaptação sentido nos sistemas sociais ?
Conduzida por Gonçalo de Almeida Ribeiro e Esser Jorge Silva

Se na natureza a necessidade determina as regras, em sociedade o homem pode definir as suas condições de existência, neste contexto a ideia de adaptação aparece como um desvio à norma que se pode estabelecer para atingir o bem comum. Ao mesmo tempo a ansiedade inerente à condição humana conduz a uma corrida permanente para superar um constante sentimento de insatisfação. O homem surge como um ser dividido entre a capacidade de criar utopias e a dificuldade em vivê-las.


Sessão n.4 – Adaptação, ruptura ou continuidade ?
Conduzida por Ricardo Branco e Ana Martins

Tal como o ADN vai acumulando informação que remonta aos primórdios da vida, as ideias vão-se encadeando ao longo da história numa matriz pontuada por constantes reconhecidas ou por saltos evolutivos. Em ambos os casos a complexidade dos fenómenos contém um elemento de ruído, uma carga de aleatório, que pode pôr em causa o conceito de adaptação.

ARTIGOS EM DESTAQUE :

Sessão 1

Mathieu Richard –Ciência e Natureza

Sessão 2

Luís Barroso – Adaptação e o novo estado administrativo da União Europeia

Sessão 3

Gonçalo Almeida Ribeiro – Razão para o conceito de adaptação ser nocivo para o pensamento social

Sessão 4

Ricardo Branco – Adaptação

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